Espaço Conexão funciona na capital paulista e mantém independência comercial.
Em agosto de 2020, a Tecidos Cataguases e a Dalila Têxtil aproximaram-se em torno do acabamento anti-Covid. Isso porque o fabricante mineiro passou a aplicar a solução desenvolvida pela malharia catarinense em seus tecidos planos. Um ano depois a proximidade ficou mais estreita. Cataguases e Dalila abrem showroom compartilhado na capital paulista.
Conforme as companhias, não há conversas
sobre uma eventual fusão de negócios. “A intenção de ambas as empresas é ter essa colaboração como um laboratório de novos projetos em todas as áreas, mas sem perder a identidade e estrutura que cada uma já tem. Ambas empresas possuem uma história e legado muito fortes e que transforma essa conexão em uma experiência única de enriquecimento para ambas potencializarem suas operações”, respondeu a Cataguases em nota endereçada ao GBLjeans.Com o showroom único, a intenção é otimizar a rotina de clientes comuns que encontrará as coleções de ambas, acrescentou a companhia. “Nossa intenção é trocar conhecimento, abrir as portas em clientes que ainda não temos entrada e são atendidos pela Dalila e vice-versa”, explicou a nota.
As operações comerciais continuam independentes, assim como processos produtivo e criativo. Ainda de acordo com a nota, o mercado de ambas é majoritariamente masculino. Além das coleções, o showroom apresenta 25 looks produzidos de forma conjunta, com mescla de tecidos plano e malha em uma única peça.
TAMANHO DAS EMPRESAS
Com 85 anos, a Cataguases opera com produção verticalizada, que vai do fio de algodão à roupa, passando por fiação e tecelagem. Produz tecidos leves de algodão e viscose sobretudo para camisaria. Também conta com tecidos para decoração e uniformes. A produção gira em torno de 2 milhões de metros lineares por mês.
Na área de confeccionados, produz camisas, bermudas, cueca de algodão, pijamas, cangas, quimonos e máscaras.
No primeiro semestre de 2021, a receita líquida da Cataguases alcançou R$95,6 milhões, com lucro líquido de R$2,2 milhões.
Com quase 30 anos, a catarinense Dalila mantém produção que ronda 500 toneladas de malha por mês, dividida em duas plantas, uma em Jaraguá do Sul e outra em Presidente Getúlio, ambas cidades de Santa Catarina.
