Dois estilistas da marca

Para o inverno 2008, a Opera Rock investe no corte de alfaiataria para a linha masculina, enquanto define o jeans feminino multiplicado em quase 200 modelos de calça

 

A parte de estilo da Opera Rock fica a cargo de uma equipe de cinco profissionais. Dois deles estão diretamente envolvidos na criação dos modelos em denim e brim. Jose Moha, uruguaio que há cinco anos trabalha na empresa, responde pelo desenvolvimento da linha masculina. Há quase quatro anos, Soraia Pimenta desenvolve a coleção feminina de jeans da marca – calças, bermudas, vestidos, shorts, minissaia.

Ambos chegaram à empresa embalados pela experiência em outras grifes de jeans. Moha trabalha no segmento há 26 anos, Soraia há 14. “Renovação contínua e diferenciação” é a resposta de ambos ao falar sobre o desafio de criar coleções que sustentem as vendas, renovem o interesse de consumidores que tendem cada dia mais a ser menos fiéis a marcas e conquistem compradores de outras regiões do Brasil.

 

Para a coleção de inverno 2008, Moha conta que a opção é por uma linha de contornos mais chique. “Já começamos esse trabalho de dar tratamento de alfaiataria ao jeans, trabalhar com tecidos mais nobres. Mas, ainda que seja uma calça social, preciso colocar algum diferencial para ser a Opera Rock”, explica o estilista que espera oferecer opções para homens na faixa dos 30 anos, e não apenas para rapazes em torno dos 20 anos.

 

Assim, o inverno masculino da marca terá modelos de blazer, camisa branca, casacos, camisetas e terno. Na linha street, Moha avalia que o jeans color, as linhas mais longas e ajustadas, gancho mais baixo permanecem em alta. “Meu público pode estar na faixa dos 20 aos 25 anos, mas presto muita atenção no rapaz de 15 /16 anos porque ele será meu público daqui a alguns anos”, diz.

O jeans feminino de inverno está em definição. Mas sempre conta com um número grande de modelos – de 200 a 250, dos quais de 80 a 90% são calças, explica Soraia. O destaque do verão são os recortes e as skinnies coloridas – laranja, turquesa, amarelo. “Tivemos um modelo de calça com 33 pences. Esse tipo de diferenciação nos distancia da concorrência. Poucas marcas estão dispostas a investir em um modelo cujo tempo de produção é três vezes e meia maior que de outra calça elaborada”, destaca Soraia.

Ela também aponta outros detalhes para diferenciar produtos, como o acabamento interno caprichado, na forma da fita de cetim que recobre as costuras das calças femininas, por exemplo; os diferentes tags e etiquetas usados na mesma peça. Além de contratos de compra com fornecedores que garantam exclusividade em aviamentos como botões, zíperes e linhas, acrescenta a estilista.

 

fotos: vista interna da  nova loja / divulgação (Opera Rock / Sergio Righini)