Dedicada ao mercado do vestuário, a divisão recém-criada prepara a expansão do centro de distribuição, que hoje tem capacidade para movimentar 1 milhão de peças por mês
A Link Fast Fashion, operadora logística que começou a atuar em setembro, anunciou que vai ampliar a área de armazenamento em duas etapas, de modo a dispor de 20 mil metros quadrados, em 2009. Atualmente, o centro de distribuição, localizado no quilômetro 18 da rodovia Anhangüera, na Grande São Paulo, ocupa área de 6 mil metros quadrados e a intenção da empresa é contar na primeira expansão, planejada para o início do ano que vem, com 10 mil metros quadrados.
Com investimento de R$ 2,5 milhões, o grupo Linx, especializado em sistemas de automação do varejo, criou a divisão Linx Fast Fashion para atender exclusivamente o mercado do vestuário. Amparado pela experiência desenvolvida com a Camisaria Colombo, rede de roupa masculina com 109 lojas em 54 cidades brasileiras, o grupo apresentou oficialmente a divisão ao mercado, na quarta-feira, 24, na capital paulista.
No evento, aproveitou também para comemorar o contrato fechado com a Criative, confecção que atende grandes lojas de departamento e supermercados, como o Pão de Açúcar. “Já fizemos a primeira movimentação de um lote com 30 mil peças”, conta Daniel Mayo, diretor da divisão.
A proposta da Linx é controlar desde o gerenciamento de estoque e armazenamento das peças ao transporte da mercadoria até as lojas. Mayo explica que o preço é cobrado por peça, sendo que o valor varia conforme o pacote de serviços contratados. O CD está preparado para receber as peças de vestuário entregues pelos diferentes fornecedores que atendem às marcas, uma vez que a maioria terceiriza a produção.
Os serviços podem incluir a aplicação de etiquetas de preço, de segurança, de controle de qualidade; passadoria; montagem de packs; pequenos serviços de costura; avaliação e ranking de fornecedores, entre outras opções. Apesar da gestão de todo o processo, inicialmente, a Linx não terá frota própria para o transporte das mercadorias que, neste momento, será atendido por três transportadoras.
O CD atual tem capacidade para receber e distribuir 1 milhão de peças por mês, e estocar metade delas nesse período. Para Mayo, o principal benefício para as marcas seria transformar custos fixos em variáveis. “Sem incluir a eficiência de controle proporcionada pela gestão do sistema”, acrescenta o executivo. Ele estima que a área de logística pode representar em torno de 30% das receitas do grupo em três anos.
Segundo Alberto Menache, presidente do Grupo Linx, a previsão é encerrar o ano com faturamento em torno de R$ 30 milhões. Mantendo a taxa de expansão de receita em 30%, ele projeta que, no próximo ano, as empresas do grupo movimentem R$ 40 milhões.
Citando a Camisaria Colombo, comunicado da Linx Fast Fashion informa que a rede de lojas espera um aumento de 15% sobre as vendas, em função da terceirização da logística. “Até agora não tínhamos um controle tão efetivo sobre o estoque e isso gerava aumento de custo, já que a armazenagem é algo bastante caro. Com o que for economizado na estocagem vamos poder investir na expansão da rede de lojas”, destacou no comunicado Álvaro Jabur Maluf Junior,diretor comercial da Camisaria Colombo.
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