A cada mês, seis empresas da região produzem 21 milhões de metros de denim, conforme a prefeitura da cidade.
“Hoje a gente produz muito mais do que quando as pessoas achavam que produzia antigamente”. Com essa afirmação o secretário de desenvolvimento econômico de Americana (SP), Rafael de Barros, abriu o discurso de lançamento da próxima edição da Tecnotêxtil Brasil, em 2027, realizada na cidade. Ao GBLjeans, o titular da pasta informou que seis empresas instaladas no polo da região, entre Americana e Santa Bárbara d’Oeste, produzem 21 milhões de metros de denim por mês.
De acordo com Barros, esse volume corresponde a 45% de toda a produção nacional de denim. “No tempo áureo, a maior empresa da região produzia 500 mil metros de denim por mês”, citou a título de comparação.
Ele reconhece que o Polo de Americana sofreu com a abertura de mercado na década de 1990 patrocinada pelo governo Collor. Mas afirma que as empresas que resistiram, investiram em modernização e cresceram. O setor já não emprega tanto quanto antes em função da automação, diz. Porém, a indústria têxtil ainda absorve bastante mão-de-obra e sustenta 10% do PIB municipal (R$15,2 bilhões em 2021).
Conforme o secretário, só em Americana, 10% da população economicamente ativa está empregada em empresas têxteis.
OPORTUNIDADE PARA O SETOR
Convidado para a mesma cerimônia, o secretário de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, Jorge Lima, disse que enxerga no momento atual uma oportunidade de negócios para a indústria têxtil, que se aproveitada poderia sustentar “a melhor década da história para o setor”.
Na visão do secretário, para explorar as oportunidades as empresas do setor terão que investir sobretudo em inovação. O papel do governo nesse processo seria o desenvolvimento (ainda em curso) das CPLs (cadeias produtivas locais).
“Atualmente, estamos desglobalizando o mundo. O Trump deu o primeiro passo, e os países voltam ao jogo. Mas essa guerra só está começando”, entende. No plano nacional, avalia que o fim da guerra fiscal entre os estados previsto para 2028 seria benéfico para São Paulo.
