5 Estrelas amplia sistema de tratamento de água

Lavanderia paranaense tem como meta reutilizar 85% do volume para reduzir custos no processamento das peças.

A Lavanderia 5 Estrelas, de Astorga, no Paraná, investiu para ampliar o sistema de tratamento de água e obter maior volume de reúso. A empresa implantou um decantador biológico de lodo ativado que trata a água por meio de um sistema de aeração com cultura de bactérias que melhora a qualidade e reduz custos. Um processo de limpeza com tratamento físico químico já era feito com 75% da água reciclada. “Com esse processo reduzimos em 70% o consumo de água que vinha da concessionária”, afirma o engenheiro de processos da 5 Estrelas, Paulo Alexandre Faria. A lavanderia tem agora duas fontes de abastecimento: poço artesiano e água de reúso que representa 75% do consumo. “Nossa meta é aumentar esse volume para 85% até o final do ano”.

O tratamento microbiológico com lodo ativado retira sabão e químicos, degradando esses produtos de forma natural e ‘limpando’ parte da água que volta para uso nos banheiros com descarte de apenas 25% do volume. Sem detalhar quanto foi investido no novo processo, o engenheiro ressalta que a redução do consumo permite que o sistema se pague em oito meses.

A 5 Estrelas usa 800 metros cúbicos de água por dia e tem capacidade de processamento de 300 mil peças por mês. Como toda a cadeia têxtil, sentiu a retração de 30% das encomendas comparado ao ano passado devido à recessão econômica. Isso fez com que a lavanderia reajustasse processos, trabalhando com apenas dois turnos e 30% de capacidade ociosa. “No final de 2014, fomos homologados com o selo de qualidade da ABVTex que abriu oportunidades com novos clientes, mas não houve aumento no volume de peças”, avalia Faria.

Outra iniciativa da 5 Estrelas para reduzir custos é formular internamente os químicos usados nos processos, comprando externamente apenas a base. A empresa verticalizou a produção de enzimas e está estudando produzir alvejantes, um dos produtos mais onerosos, segundo Faria. Essa estratégia resultou em redução de 10% nos custos, aponta o engenheiro.