Fashion For Good e Textile Exchange lançam em conjunto The Textile Tracer Assessment.
Em iniciativa conjunta, a Fashion for Good e o Textile Exchange lançam The Textile Tracer Assessment, um guia detalhado que avalia tecnologias de rastreabilidade física que podem ser usadas pela cadeia de suprimentos têxtil. O guia é aberto e gratuito. Conforme as duas entidades, a intenção é o documento funcionar como uma ferramenta para que as empresas interessadas em implementar a rastreabilidade possam avaliar quais tecnologias atenderiam melhor às necessidades operacionais e de sustentabilidade de cada uma.
“Este é apenas o começo deste projeto colaborativo, à medida que mais tecnologias amadurecem e recursos aprimorados serão adicionados”, declarou em comunicado à imprensa Katrin Ley, diretora administrativa da Fashion for Good.
O guia concentra a avaliação em torno dos rastreadores físicos. Mas destaca que “a rastreabilidade digital e a rastreabilidade física precisam ser realizadas em paralelo para fornecer ao usuário uma validação de rastreabilidade holística”.
O comunicado das duas entidades justifica a elaboração do guia por considerar que falta hoje verificação confiável para fibras, materiais e produtos acabados. “O dimensionamento e a implementação adicional de tecnologias de rastreador físico podem ajudar a enfrentar os principais desafios do setor para rastreabilidade e ajudar a autenticar os padrões e a certificação de sustentabilidade”, pondera o informe.
TRAÇADORES FÍSICOS
Com base na metodologia adotada, o guia considera duas categorias de tecnologias de traçadores físicos: os traçadores forenses (foresinc tracers) e os traçadores aditivos (additive tracers).
Explica que os traçadores forenses se concentram em fornecer verificação geográfica de fibras naturais (vegetais e animais) e têm o que o guia destaca como “menos carga na cadeia de suprimentos em comparação com os traçadores aditivos”.
Os traçadores forenses analisam elementos naturalmente obtidos do meio ambiente. Fazem a análise da composição bioquímica de fibras, materiais ou vestuário a partir de micropartículas isotópicas, estruturas de DNA e outros perfis elementares.
Já os traçadores aditivos facilitam a rastreabilidade de ponta a ponta, fornecendo verificação das camadas intermediárias da cadeia. Também apresentam vantagem na rastreabilidade de fibras sintéticas em comparação com os traçadores forenses.
Usam técnicas pelas quais aplicam substância marcadora a fibras, materiais ou vestuário de modo a detectar o traçador ao longo de toda a cadeia, desde a origem. São traçadores aditivos: códigos de DNA ou identificadores moleculares; impressões digitais ópticas, como nanoestampas aplicadas em rolos de tecido e etiquetas de vestuário; e marcadores feitos com tintas pigmentadas luminescentes invisíveis ou materiais da terra.
Ao todo, o guia avaliou as tecnologias de rastreabilidade física de 17 empresas. Acesse o guia The Textile Tracer Assessment.
foto: divulgação Fashion For Good/(Uriel SC (fios de poliéster entrelaçados)