Dados da CCEE indicam queda na produção têxtil

Dados da CCEE indicam queda de produção têxtil

Primeiro semestre encerra com redução no consumo de energia elétrica de 3%.

Dados da CCEE indicam queda de produção têxtil

Entre janeiro e junho, a indústria têxtil consumiu 658 megawatts médios. Os dados consolidados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) indicam queda da produção de 3% na comparação com o primeiro semestre de 2021. Pelo levantamento da CCEE, a principal redução atingiu as indústrias enquadradas na classe de fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico (-26,6%), seguidas por preparação e fiação de fibras de algodão (-7,4%) e tecelagem de fios de fibras artificiais sintéticas (-6,8%).

Pelos dados da CCEE, a queda de produção têxtil foi afetada “pelos altos preços de matérias-primas no mercado internacional e ainda atravessou uma crise logística, que provocou atrasos e prazos maiores para entregas da Índia e, principalmente da China, que fechou um dos maiores portos do mundo para conter o avanço de mais uma onda de covid-19”, descreve a CCEE em comunicado distribuído à imprensa.

Apenas duas atividades reduziram o consumo entre os 15 analisados pelo levantamento. A queda em têxtil foi a maior.

Foram seis meses consecutivos de consumo abaixo que o registrado no ano anterior.

O levantamento detectou ainda que o declínio no consumo de energia elétrica pelo setor têxtil foi maior em Sergipe (-18,6%), depois Paraíba (-14,5) e Minas Gerais (-9,7%). Já a indústria de São Paulo apresentou variação positiva de 2% na mesma comparação.

A indústria de um modo geral anotou consumo médio de 63.544 megawatts no semestre.

Os primeiros 15 dias de julho apontam, porém, para aumento do ritmo industrial com elevação de consumo de energia elétrica em relação a junho.

Para análise, o monitoramento considera indústrias e grandes empresas que compram eletricidade no mercado livre.

MATRIZ ENERGÉTICA

No Brasil, a principal fonte de geração de energia elétrica tem origem nas usinas hidrelétricas, que representam 62% do total. Seguidas pelas térmicas (23%), eólicas (12%) e solar fotovoltaica (3%).

foto: Usina de Itaipu