Tag será fixada em peças confeccionadas por oficinas certificadas dando visibilidade às marcas e mostrando a origem das roupas aos consumidores.
O Instituto Alinha, empreendimento social focado na melhoria das condições de trabalho e de vida de costureiros, sediado na capital paulista, lança no dia 31 de agosto a etiqueta “Por trás da Roupa”, tag que vai integrar peças confeccionadas por oficinas certificadas. A equipe do Alinha visita oficinas de costura e ajuda na legalização delas, no modo de trabalho e na adequação de infraestrutura, fazendo a ponte dessas empresas com as marcas varejistas.
Após quatro anos de operação, o instituto está reformulando o modelo de negócio e a plataforma digital para se comunicar melhor com o público e garantir seu financiamento. A primeira fase dessa proposta é o lançamento da etiqueta que indica que as oficinas têm espaços de trabalho digno, boa infraestrutura e costureiras legalizadas.
Outro pilar da estratégia é uma nova plataforma digital que tornará mais fácil para as marcas de varejo acessar e negociar com as oficinas pelo site, explica Laila Mouallem, coordenadora da Alinha. Por último, a Alinha está anunciando planos de remuneração para garantir sua sobrevivência financeira.
BALANÇO DA ALINHA
Desde o início da operação em 2014, mais de 360 varejistas e marcas acessaram a plataforma, e o instituto intermediou 24 negócios, sendo mais da metade no primeiro semestre deste ano. O banco de dados conta com 68 oficinas cadastradas, sendo que 24 contam com “três estrelas”, isto é, estão totalmente alinhadas com a metodologia e não correm risco algum de segurança. As demais, segundo Laila, estão em processo de certificação.
Uma das mudanças em relação às oficinas é a exigência da capacitação em empreendedorismo para os proprietários, ministrado pela Aliança Empreendedora (AE) e o Instituto C&A, parceiros da Alinha. No primeiro semestre deste ano, dez donos de oficinas foram selecionados por coletivos de imigrantes e pela AE para fazer o curso que tem três níveis, do iniciante ao avançado.
PLANOS PAGOS
A Alinha indica o trabalho das oficinas para as marcas por meio de sua plataforma digital, mas toda a negociação se dá diretamente entre as empresas. Para garantir recursos, a Alinha está lançando três planos de remuneração para as marcas: o pagamento de R$ 79 por mês por seis meses, ou R$ 50 por mês por um ano, com acesso à etiqueta “Por trás da Roupa”, logo para comunicar a adesão e dois posts nas redes sociais.
Um segundo plano custa R$ 50 mensais por seis meses, ou R$ 30 por mês por um ano, com acesso ao banco de dados das oficinas, etiqueta, logo e posts nas redes sociais. O último plano, e o mais caro, é o “Seja um parceiro desta Causa” que custa R$ 150 por mês por um ano, com acesso ao banco de dados e etiqueta, clipe de 30 segundos e posts nas redes sociais.
O Instituto Alinha tem como co-fundadora Dari Santos que trabalhou na área de moda, e conta também com Laila Mouallem, estudante de Direito e responsável pela aplicação da metodologia e plano de ação. O instituto foi selecionado para participar do programa de inovação social Amaphiko, plataforma colaborativa para empreendedores sociais da Red Bull, que promove no dia 31 de agosto o workshop: “Você conhece a história por trás da roupa que está usando?”, no Red Bull Station, no centro da capital paulista, das 18h às 22h.
O evento acontece no mesmo período da São Paulo Fashion Week (SPFW) – semana de moda marcada de 27 de agosto a 1º de setembro, em São Paulo. “A idéia é provocar uma reflexão sobre o que está por trás de cada peça que vestimos”, diz Laila. No mesmo dia 31 será lançada a etiqueta “Por Trás da Roupa” que tem como foco a conscientização do consumidor.
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