Mira 3E com potência de 530 watts permite o processamento de peças em menos de cinco segundos.
Mais conhecida por oferecer equipamentos para a indústria calçadista, a Automatisa, de Santa Catarina, desenvolveu um novo sistema de corte e gravação a laser para o mercado de jeans, o Mira 3E, capaz de gravar e texturizar as peças, conforme as imagens criadas no computador, em potências variadas de laser, de acordo com a demanda do cliente. A máquina, antes disponível apenas na potência de 250 watts, ganhou a versão 530 watts concorrendo com similares importadas. “Além da fabricação local, que barateia o produto, temos o diferencial do atendimento às normas de segurança do Ministério do Trabalho (NR12), não contempladas com as similares europeias e americanas”, destaca a diretora comercial da Automatisa, Joana de Jesus.
O equipamento é voltado para lavanderias e confecções de jeans que fazem o beneficiamento da peça com lixados, bigodes, gravações, etc. “Somos bastante conhecidos na indústria calçadista com máquinas para o beneficiamento do couro. Com o lançamento de máquinas de maior potência queremos ganhar mercado na indústria do jeans tanto nas confecções (pequenas, médias e grandes) como nas lavanderias”, diz Joana.
A Mira 3E exige menos mão de obra, poupando o pessoal para trabalhos de maior valor agregado, pois a gravação manual é desgastante para o funcionário. “Com o laser os processos de lavanderia ficam mais rápidos, o consumo de água pode ser reduzido pela metade e o uso de produtos químicos, inclusive, pode ser evitado”, completa Joana. Com a Mira 3E de 530 watts, o processo a laser de um short pode levar menos de cinco segundos, exemplifica a executiva.
O equipamento é uma estação de gravação que pode ser integrada a periféricos como PCs, manômetros e painéis de comando. A mesa de trabalho do equipamento se mantém sempre na altura correta para o operador, e o cabeçote sobe e desce de maneira motorizada, focalizando o laser.
Os preços da Mira 3E começam em R$ 170 mil, voltadas para pequenas, médias e grandes confecções e lavanderias em sua potência máxima. “Esperamos bons negócios no próximo ano com a busca de racionalização de mão de obra e economia energia”, diz Joana. Por ser um equipamento nacional o cliente tem acesso a linhas de crédito subsidiadas como o Finame e o Cartão BNDES. A empresa trabalha com 12 agentes comerciais no Brasil e no exterior e, de acordo com Joana, quer dobrar esse número.
A Automatisa teve origem em 2001 com a iniciativa de alunos e professores da Universidade Federal de Santa Catarina. A empresa ficou em uma incubadora corporativa até 2009 quando inaugurou sede própria em São José, cidade próxima a Florianópolis, com projetos voltados à indústria calçadista e de vestuário, além de produtos para a área gráfia e metal-mecânica. Na indústria calçadista a empresa tem como clientes marcas como Ramarin, Paquetá e Azaleia.