Roupa sob medida com molde feito à distância

Sistema de alunos da USP Leste que une costureiras aos consumidores para a encomenda virtual de roupas venceu o prêmio Imagine Cup 2015, concedido pela Microsoft.

Atender o público que encomenda roupas pela internet de forma personalizada, com medidas precisas, motivou a start up eFitFashion a desenvolver um software voltado para o comércio online de roupas. O sistema permite que as peças sejam produzidas por costureiras e alfaiates de acordo com as medidas de cada cliente. A inspiração veio de um estudo da Universidade de Minnesota (EUA), que diz que a maioria das pessoas compra roupas que não servem para elas. No caso das mulheres, a pesquisa indica que 85% delas guardam roupas que não servem.

O marketplace que une costureiras modelistas ao consumidor final chama-se projeto Clothes for me, que conquistou o primeiro prêmio da Imagine Cup 2015, competição promovida pela Microsoft – conhecida como a Copa do Mundo da Computação. O país foi representado pelos alunos de Moda e Computação da USP-SP, que levaram ainda o 1º lugar na categoria Inovação, na 13ª edição do torneio, realizado em Seattle (EUA), que reuniu cerca de 200 estudantes de 80 países, em julho.

De acordo com a sócia-fundadora da eFitFashion, Juliana Pirani, a ideia do projeto começou em 2011 na Faculdade de Artes Ciências e Humanidades da USP-Leste. “Os cursos do campus da USP Leste são interdisciplinares, o que permitiu unir conhecimentos da Ciência da Computação à área de Têxtil e Moda”, explica Juliana. O projeto teve a participação de Juliana e Bianca Letti, do curso de Têxtil e Moda, orientadas pela professora Isabel Italiano, na área de moda, e pelo professor Luciano Araújo, de Sistemas de Informações que contribuiu no desenvolvimento do algoritmo do software.

O sistema Clothes for me vai estar disponível na internet permitindo que modelistas insiram medidas enviadas pelos consumidores, gerando um molde personalizado que pode ser impresso em um equipamento comum. Com esses dados e o molde, a profissional pode confeccionar a roupa e enviá-la pelo correio para a pessoa que encomendou. “É possível inserir todas as medidas que o consumidor acha importante alimentando o sistema que calcula as coordenadas automaticamente, modelando, por exemplo, roupas especiais para deficientes de forma personalizada”, explica Juliana. A diferença desse sistema para outros do mercado, segundo ela, é a interface amigável que não exige treinamento e pode ser baixado diretamente da Internet.

A start up eFitFashion, que desenvolveu o marketplace, está sendo incubada pela Escola de Artes e Ciências Humanas da USP (EACH/USP) e pelo Instituto InnovAction. A empresa está sendo constituída formalmente e deve lançar o site ao mercado no primeiro semestre de 2016, afirma Juliana.

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