Soma rastreia parte do inverno da Fábula

Soma rastreia parte do inverno da Fábula

Piloto usa tecnologia da Blockforce e foi desenvolvido em parceria com a Cataguases.

Soma rastreia parte do inverno da Fábula

Como parte da agenda ESG, o Grupo Soma investiu em um projeto piloto pelo qual rastreia a produção de uma de suas marcas. Conforme Taciana Abreu, head de sustentabilidade da companhia, no processo o grupo fez a escolha de começar pela marca de moda infantil Fábula e pela cadeia do algodão. Do piloto que contempla a coleção do inverno 2023 participaram dois fornecedores de matéria-prima, a Cataguases, para tecidos planos, e a Dalila Têxtil, para malharia.

Em palestra na recente edição do Febratex Summit, ela contou que a companhia usou a tecnologia blockchain em plataforma desenvolvida pela startup Blockforce para rastrear 70 skus e 40 mil peças, que corresponderam a 11% da coleção do inverno 2023 da Fábula. Ao GBLjeans, Taciana informou que a rastreabilidade continuou pela coleção do verão 2024. “Nosso próximo passo é rastrear a cadeia do couro. Entendemos que algodão e couro são duas indústrias importantes para o Brasil”, destacou para justificar a escolha.

Escalar o projeto de rastreabilidade não é tarefa simples, ressalta a executiva. Apenas uma das marcas do grupo, a Farm, usa de 30 a 40 matérias-primas diferentes e cerca de cem fornecedores, entre insumos e serviços, como costura e estamparia. Atualmente, o Grupo Soma opera com dez marcas, como Hering e Animale.

“O principal desafio para escalar esse sistema passa pelo tratamento de dados. São muitos atores, de perfis diferentes, muitos ainda analógicos. Cada um faz de um jeito. Sem padrão, fica difícil escalar”, ressalta.

Na plataforma pela qual o Grupo Soma rastreia parte da coleção da Fábula, o sistema determina o tipo de informação que o fornecedor tem que enviar e como registrar os dados.

PARCERIA COM CATAGUASES

Anfitrião do case do Soma na segunda edição do Febratex Summit, evento realizado a semana passada em Santa Catariana, Tiago Peixoto, CEO da Cataguases, explicou que a companhia também participa do SouABR, o programa de rastreabilidade coordenado pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Fundada em 1936, a Cataguases produz 27 milhões de metros de tecido por ano, dos quais 30% são exportados.