Pesquisadora da unidade Wearable Senses da Eindhoven University, montou um protótipo usando estrutura do tricô associada a fio de liga metálica de memória.
Como parte do currículo do departamento de Desenho Industrial da Eindhoven University, na Holanda, a unidade de pesquisa Wearable Senses tem entre seus projetos o Adaptative Survival Clothing. É uma roupa feita com tecido que usa o princípio do tricô associado a um fio de Nitinol, liga metálica de memória, que permite abrir e fechar os buracos estrategicamente localizados em partes do corpo, conforme a pessoa esquenta ou esfria.
Ao esquentar, os buracos do tecido se abrem, e retornam ao estágio original quando a temperatura do corpo volta ao normal. O movimento é garantido pelo fio metálico, feito de uma liga de titânio e níquel, que apresenta duas propriedades importantes – o efeito térmico e a superelasticidade.
A pesquisadora Jacqueline Nanne, responsável pelo projeto, explica em documento que criou o tecido em três camadas. A de base é a que fica em contato com a pele; a do meio é isolante e a única sem termoregulação; e a camada exterior é de proteção, que reage em conformidade com as condições do ambiente – clima, vegetação, altitude. O protótipo está baseado em roupa para ser usada como proteção e dar conforto em atividades externas, como escalar uma montanha, na qual conforme o alpinista sobe, as condições mudam.
Pelo projeto, as estruturas especiais seriam aplicadas num suéter em partes específicas do corpo humano. Duas na parte da frente – peito e abdômen; outra nos dois ombros; e duas na parte de trás – entre as escápulas e na base da coluna. A estrutura que fica em contato da pele é como se fosse um tricô e seus característicos pontos básicos, cujo vazio entre eles garante movimento. E na parte externa, é uma estrutura de tricô mais elaborada com os furos protegidos pela formação de círculos.