68 shoppings voltam a funcionar

Estão localizados em 42 cidades, porém, há estados que já anunciaram que vão estender as medidas para contenção do coronavírus.

Na esteira de movimentos isolados de flexibilização das restrições para conter a curva de contágio pela covid-19, alguns shopping center voltaram a funcionar. De acordo com balanço da Abrasce, entidade que representa o setor, até essa segunda-feira, 04 de maio, 68 centros comerciais foram reabertos. Estão localizados em 42 cidades, de 11 estados. A região sul lidera com 42 deles retornando.

Santa Catarina concentra o maior número, com o retorno de 24 shoppings. Isso porque o comércio de rua e shopping centers foram autorizados a voltar a abrir a partir de meados de abril, desde que sigam algumas condições. No caso das lojas de moda, por exemplo, os clientes não podem experimentar roupas, calçados ou acessórios. Antes de pegarem em qualquer produto precisam higienizar as mãos. As mercadorias nas vitrines ou expostas em manequins devem ser limpas com frequência.

Contudo, permanece proibida, por tempo indeterminado, a circulação de ônibus urbano público e entre cidades do estado. Isso dificulta o movimento de consumidores que dependem do transporte público. As indústrias podem operar contanto que garantam transporte fretado para os funcionários.

O Rio Grande do Sul é o segundo estado com mais centros comerciais abertos. São 11 reaberturas, das quais quatro em Caxias do Sul; três em Santa Maria; e duas em Canoas. Além de Cachoeirinha e Pelotas. Ainda no sul, o Paraná tem sete reabertos, também nenhum na capital, Curitiba.

MINAS ADOTA PROTOCOLO EM ONDAS

No sudeste, 12 shopping centers reabriram, nenhum em capitais. Oito só em Minas Gerais, localizados em seis cidades: Betim (3), Governador Valadares, Ipatinga, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha. O governo mineiro adotou um protocolo de retomada fragmentado em quatro ondas. A verde corresponde às atividades essenciais, e onde se enquadram a indústria têxtil e a de confecção de roupas.

A branca é de baixo risco. Amarela é a terceira considerada de médio risco e é onde se incluem o varejo e o atacado de roupas. A vermelha configura alto risco. Caberá aos prefeitos estabelecer os critérios e os prazos para implementar cada onda.

DEMAIS REGIÕES

O Rio de Janeiro conta com dois shopping centers em funcionamento no estado. Ambos em Resende. Isso apesar de decreto do governador ter estendido a quarentena até 11 de maio. Para a cidade do Rio, as restrições, incluindo lojas de rua e shoppings, foram estendidas para até 15 de maio. O prefeito reduziu em 50% a frota de ônibus, barcas, trens e metrô como forma de reduzir a circulação da população.

No Espírito Santo, apenas um centro comercial está funcionando, em Linhares. Por lá, o governador permitiu a retomada do comércio, inclusive de moda, em 72 cidades desde 20 de abril, com restrições de horário de funcionamento e número limitado de pessoas por metro quadrado. Estão fora da flexibilização, até 10 de maio: Grande Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacia, Viana e Alfredo Chaves. Mas, mesmo nestas cidades, o comércio pode atender: de porta fechada, hora marcada e um consumidor por vez.

O estado de São Paulo tem um shopping aberto, em Barretos. A retomada está inicialmente prevista a partir de 10 de maio. A medida não se aplica à capital paulista, que enfrenta pressão na rede pública de saúde por conta da escalada de contágio.

Na região centro-oeste são 12 shoppings reabertos, seis em Goiás, em cinco cidades, nenhum na capital. Em Mato Grosso do sul, são cinco reabertos, quatro na capital Campo Grande e um em Três Lagoas. Em Mato Grosso, são dois, um em Rondonópolis e outro em Várzea Grande.

No Nordeste, apenas a Bahia conta com um shopping center aberto. É o Pátiomix, em Teixeira de Freitas.