Um ano e meio depois de se instalar no país, rede de fast fashion francesa anuncia que as lojas funcionam só até 31 de janeiro.
A francesa Kiabi dá adeus ao Brasil. A rede de fast fashion que desembarcou no país em agosto de 2018 encerra as operações locais. Nesse período, abriu apenas duas lojas físicas, ambas na capital paulista – uma no Shopping West Plaza e outra no Shopping Ibirapuera. Em julho de 2019 lançou o e-commerce local, que já está desativado. As unidades físicas ficarão abertas até 31 de janeiro, com liquidação de estoque, afirmou a empresa em comunicado dirigido aos consumidores.
No anúncio em que informa o encerramento das operações no Brasil, a varejista não aponta as razões da decisão, menciona apenas o que chama de “contexto internacional difícil para a moda”. Diz que concentrará investimentos em mercados nos quais opera há mais tempo e onde conta com posição consolidada. Com política de preços agressivos, desde o início a Kiabi só trabalhou no mercado brasileiro com produtos importados. Em outubro de 2019 investiu em uma pequena parcela de produção local, restrita a peças de beachwear.
Aparentemente, as medidas não foram suficientes para suportar as metas iniciais anunciadas de abrir 40 lojas no Brasil até 2023. À época foi mencionado investimento de R$ 200 milhões para estrear no Brasil. A intenção era concorrer diretamente com grandes redes já estabelecidas. Entre as varejistas de moda internacionais, a mais antiga a operar no Brasil é a holandesa C&A. Em seguida, veio a espanhola Zara e depois a americana Forever 21.
A Kiabi pertence ao grupo Mulliez, dono também da Decatlhon, da Leroy Merlin, da Zôdio e da Obramax, todas com operação no Brasil. Criada em 1978 no norte da França, a varejista conta hoje com cerca de 500 lojas em 20 países.