Renner cria fundo para investir em startups

Renner cria fundo RX Ventures para investir em startups

O interesse são empresas com produtos e serviços considerados inovadores para moda.

Renner cria fundo RX Ventures para investir em startups

Como forma de antecipar tendências e reforçar posição, a Lojas Renner cria fundo para investir em startups da área de moda e lifestyle. A varejista destinou R$155 milhões para operações de investimento pelo RX Ventures, um fundo de Corporate Venture Capital (CVC).

Conforme explicou a companhia em comunicado ao mercado, a intenção é comprar participação minoritária em empresas com produtos e serviços considerados inovadores. Serão, pelo menos, dez empresas escolhidas. As aplicações priorizam os segmentos de Fashion & Retail Tech (varejo de moda), MarTech (conteúdo, marketing e branding), E-commerce e Marketplace, FinTech (soluções financeiras) e LogTech (supply chain e logística).

Para a atração, a Renner considerará tanto startups que estão no estágio seed, bem no começo, como aquelas da chamada série A, com nível de maturidade elevado.

O horizonte de impulso prevê quatro anos de investimento e outros quatro para saída do negócio em outras bases. A gestão do fundo estará a cargo da PortCapital.

“No encerramento do ciclo de aporte, cada participação do CVC poderá evoluir para uma aquisição de controle, uma venda ou então contribuir para a abertura de capital”, acrescenta o comunicado da Renner.

Além do aporte de capital, o RX Ventures prevê oferecer acesso à infraestrutura da Renner e também através de possíveis parcerias, diz a companhia. “O conhecimento adquirido durante o processo será compartilhado, mas a Lojas Renner não terá ingerência sobre as decisões relativas à condução dos negócios das empresas beneficiadas”, garante.

ONDA DE CRIAÇÃO DE CVC

A Lojas Renner cria o fundo RX Ventures acompanhando a estratégia de grandes companhias brasileiras que no lugar de aceleradoras e incubadoras estão apostando na criação de fundos próprios de investimento para inovação. Essa mudança acelerou muito desde o ano passado.

Dados do Distrito, comunidade independente de startups do Brasil, os fundos do tipo CVC investiram US$622,1 milhões em 2021. É a metade do que o país aplicou em 20 anos desde 2000, montante que o Distrito calcula soma US$1,3 bilhão no período.