Riachuelo segue aumentando lucros

Desde o final de 2017, a varejista vem gradualmente melhorando os indicadores, com ganhos em setembro quase três maiores que os registrados em igual trimestre do exercício anterior passado

Para definir o bom momento que a Riachuelo atravessa, o CEO da empresa, Flávio Rocha, usou a palavra consistência em conferência com analistas de mercado. Em sua análise ele lembrou que desde o quarto trimestre do ano passado começou a recuperação gradativa de margens. O executivo atribui a retomada à melhora da conjuntura econômica do país associada às mudanças internas operacionais, de gestão e do novo sistema logístico.

O lucro da varejista, incluindo a operação industrial da Guararapes, somou R$ 50,44 milhões, que representa quase três vezes mais que o ganho assinalado de julho a setembro de 2016, de R$ 17,8 milhões, comparação que aponta para aumento de 183,2%. O crescimento da receita líquida foi bem mais modesto, mantendo o ritmo do trimestre anterior. Subiu 10,77% sobre o terceiro trimestre de 2016 para atingir R$, 1,54 bilhão.

A Guararapes produziu um pouco mais que no ano passado. De julho a setembro de 2017, a fábrica confeccionou 11,1 milhões de peças, ante os 10,8 milhões do terceiro trimestre de 2016. A produção própria representa 34,8% do vestuário comercializado pela Riachuelo que vende, ainda, acessórios, calçados, lingerie, perfumes e celulares.

Se no primeiro trimestre, a varejista abriu apenas uma loja, no final de junho, neste segundo semestre inaugurou mais quatro pontos. Como fechou 2016 com 291 unidades, a rede atingiu 296 pontos em setembro. Em outubro foram mais quatro, sendo que a 300ª foi aberta em Natal, no Rio Grande do Norte, estado de origem da companhia, que no mês passado completou 70 anos.

Essas inaugurações, além da reforma de outras 40 lojas, consumiram a maior parte dos R$ 76,3 milhões aplicados entre julho e setembro. O número de colaboradores também pela primeira vez nos últimos dois anos. Hoje são 38.132 funcionários no grupo. A base de cartões de crédito emitidos pela companhia somou 29,1 milhões. O ticket médio do trimestre foi de R$ 178, ante R$ 172,4 do ano passado.