Soma faz pedido para abrir capital

Em plena turbulência das bolsas de valores do mundo inteiro, a holding encaminhou oferta pública, abrindo dados financeiros.

Em movimento que surpreendeu o mercado, o Grupo Soma entrou com registro prévio para oferta pública de ações. O pedido foi encaminhado no final da semana passada em plena turbulência das bolsas de valores do mundo inteiro, afetadas pela disseminação do coronavírus (CoVid-19). Por se tratar de uma prévia, o preço por ação não foi fixado. Se levar adiante o processo de IPO, as ações do grupo carioca serão negociadas na B3 S.A., onde já participam Cia Hering, Lojas Renner, Guararapes (Riachuelo), Restoque, Marisa Lojas, Inbrands e, mais recentemente, C&A Brasil.

Para esse IPO (Initial Public Offering), o Grupo Soma abriu dados financeiros da empresa. Com sete marcas, a receita líquida em 2019 somou R$ 1,3 bilhão, que correspondeu a aumento de 4,5% sobre 2018. O lucro líquido registrou R$ 126,83 milhões em 2019, quase 50% a mais que em 2018. Criado em 1991 com a Animale, o grupo cresceu baseado em aquisições. A mais recente foi a compra da Maria Filó.

O perfil do grupo começou a ser moldado a partir de 2010 com a fusão entre Animale e Farm. Em 2014, foram incorporadas a Fábula, a FYI (hoje descontinuada) e a A.BRAND. No ano seguinte, em 2015, foi a vez de comprar a Foxton, a marca masculina do grupo, e em 2017, a Cris Barros. Tem ainda a Off Premium, que nasceu para escoar saldos de coleções das marcas do grupo e hoje na operação digital comercializa também marcas de terceiros.

A maior operação é da Farm que tem 75 lojas e faturamento bruto em 2019 de R$ 659,67 milhões. A segunda maior é a Animale, com 74 lojas e receita bruta de R$ 502,34 milhões. Ao todo, o Soma opera 215 lojas, sem incluir as lojas online.

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