Desfile da Santista na CDC só por mulheres

Desfile da Santista na CDC só por mulheres

Participaram oito estilistas que integraram o line-up do evento que terminou na sexta-feira.

Para marcar a segunda participação no evento de moda autoral combativa Casa de Criadores, o desfile da Santista no último dia reuniu apenas peças desenvolvidas por mulheres. Participaram oito estilistas que integraram o line-up do evento que terminou na sexta-feira, 30 de julho.

Devido à pandemia de covid-19, o evento continuou 100% digital. No desfile da Santista, as estilistas trabalharam os extremos. Escolheram tecidos com alto stretch ou de apelo sustentável.

Não por acaso, as formas variaram dos muito justos ao corpo, apertados por fechos e amarrações, aos shapes amplos que acomodam corpos de tamanhos diferentes.

O denim apareceu sem intervenções de lavanderias.

O desfile foi filmado no Centro Cultural São Paulo, na capital. Apenas uma modelo exibiu os looks criados, Aretha Sadick.

Desfile da Santista na CDC só por mulheres
Look da Reptilia

Participaram as estilistas Denise Salles, da Oroomin; Heloisa Faria, da marca que assina; Heloisa Strobel, da Reptilia; Kel Ferey, da KF Branding; Livia Barros, da Ken-Gá; Mônica Anjos, da marca que assina; Marcella Maiumi, da Shitsurei; e Priscilla Silva da marca que assina.

Anjos estreou no evento mostrando a coleção Ancestralidade, inspirada na grande coreógrafa brasileira Mercedes Baptista, a primeira mulher negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e que em 2021 completaria cem anos.

Também a Oroomin, de Denise Salles, participou pela primeira vez do CDC. Apresentou fragmentos da coleção Ecdise, que festeja a liberação inspirada no processo natural de descarte do exoesqueleto para muda no mundo animal, como ocorre com caranguejos e lagartas.

CDC#48

No total, a CDC#48 reuniu criações de 36 marcas, que ficaram livres para mostrar as coleções em diferentes formatos e linguagens, entre 26 e 30 de julho. Ao desfile tradicional gravado, os criativos incluíram curtas, como o de quase seis minutos de Rober Dognani.

Sob a música cantada por Elis Regina, Alô, Alô Marciano, o estilista da Das Haus imaginou a entrada na terra de alienígenas. Nada ameaçadores. Ao contrário, estilosos, executando tarefas banais como ir até o posto de gasolina.