Gaúcho vence o Moda Inclusiva de 2015

Com 20 finalistas, a sétima edição do concurso escolheu a proposta de Eligolande Furtado que usou as Paraolimpíadas como referência.

Com participantes de São Paulo e fora do estado, inclusive de outros países, a sétima edição do Concurso Moda Inclusiva realizou o desfile com os 20 finalitas a semana passada. Venceu o gaúcho Eligolande Furtado, que participa da disputa há três edições e direcionou a carreira para questões de inclusão através da moda, integrando o Núcleo de Pesquisa de Mobilidade no Vestuário Mari Lascano, de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Mais dois trabalhos foram selecionados, usando tecidos fornecidos pela Vicunha.

Em comum, os três primeiros lugares optaram por tecidos tecnológicos, seja pela elasticidade, pelo acabamento ou pelas propriedades de saúde para ajudar no conforto de quem usa e na vestibilidade das peças, fornecidos pela Vicunha, que patrocina o concurso desde o início. Furtado usou os tecidos Lugano, um 100% algodão com toque empapelado, e o Emana Slim, cuja tecnologia de cristais bioativos estimulam a microcirculação sanguínea e o metabolismo celular, explica o fabricante.

Ele criou um conjunto de calça e jaqueta pensando na entrada da delegação brasileira na Paraolimpíadas Rio 2016, por isso, usou tingimento em verde, azul e amarelo. A jaqueta conta com compartimentos que dão suporte a pessoas que não tenham um dos braços, ou uma das mãos, ou outro problema nos membros superiores.

Bruna Oewel, de São Paulo, produziu um conjunto de saia e jaqueta para mulheres cadeirantes, com corte fit que modela o corpo e abertura nas mangas da jaqueta para facilitar na hora de vestir. Ela usou o denim super stretch Priscila. O terceiro lugar coube à Eduardo Inácio, que fez um blazer para ser usado sobre um macacão, com aberturas nas laterais com zíperes, optando por uma sarja de alta elasticidade.

O Moda Inclusiva é uma iniciativa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, da qual podem participar estudantes de cursos técnicos e universitário, além de profissionais da área de moda. Na edição deste ano, o concurso escolheu finalistas de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí e Distrito Federal, além de uma italiana Silvia Grudina, que veio ao Brasil para o desfile, e da Índia.

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