Durante o Febratex Summit, empresa japonesa apresentou a nova geração da Fibralast, produto que repele óleo e água

A AGC Brasil lançou no Febratex Summit 2025 a nova geração da Fibralast, barreira de proteção que repele óleo e água, sem ter flúor na composição mirando aplicações têxteis. Junto com o novo produto, a subsidiária brasileira da japonesa AGC (Asahi Glass Company) assume também uma nova abordagem comercial que passa por atender diretamente o mercado de moda.
Forte na fabricação de vidros, a AGC Brasil escolheu a divisão química como uma das avenidas de crescimento, esperando aumentar o faturamento em cinco anos, afirmou Bruno Barroso, account manager South America da companhia. Nessa nova abordagem, a AGC contratou a consultoria têxtil Artzone, que está encarregada de desbravar o mercado das tecelagens e de empresas de acabamentos têxteis para os produtos do fabricante.
Barreira de proteção a líquidos não é novidade. Porém, normas setoriais internacionais estabelecem a eliminação do flúor na composição desse tipo de produto até o final de 2026, explica Barroso. Ele ressalta que a Fibralast é a primeira barreira a óleo sem flúor do mercado global. A proteção é um filme polimérico aplicado sobre a superfície do tecido, que podem ser bases de algodão ou sintéticas, garante. No denim não dá se o jeans passar por efeitos de lavanderia industrial.
Comum em tecidos para sofás ou toalhas de mesa, esse tipo de barreira ainda não tem no Brasil aplicaões relevante no segmento de vestuário de moda ou fitness como já acontece na Europa, por exemplo, destaca o executivo. A participação no Febratex Summit 2025 teve por objetivo mostrar o potencial da proteção sem flúor para o mercado de moda, acrescenta Barroso. Na feira, o produto também despertou o interesse das empresas que fabricam uniformes profissionais.
PRODUTOS IMPORTADOS
A Fibralast tem propriedades que repelem líquidos em geral, além de óleo e álcool. Os produtos químicos da AGC comercializados no Brasil e em países da América do Sul são importados. O galpão de armazenamento da divisão química ocupa área da planta de Guaratinguetá, cidade do interior de São Paulo, onde a empresa instalou a fábrica de vidros no país há 14 anos.