A jovem e pequena marca feminina do México, que incluiu o índigo pela primeira vez em uma coleção, avalia vender seus produtos no Brasil
A Trista surpreendeu a platéia no desfile que realizou na noite de ontem, 2, no Dragão Fashion Brasil, em Fortaleza (CE), quando introduziu uma sequência de seis modelos usando denim para compor as peças. Ao todo, a jovem marca mexicana apresentou 26 modelos, desenvolvidos a partir da interpretação dos dois estilistas – Giovanni Estrada e José Alfredo Silva – para quatro contos escritos por autores do México: Yautepec de José Agustín; Los extranjeros, de Joaquín Armando Chacón; El diario del perro muerto, de Ricardo Chávez Castañeda; e La Plaza de Juan García Ponce.
Batizada de Sonho Primeiro, É a primeira vez que os dois usam o denim para compor modelos. E gostaram. Avaliam que a necessidade de interferências exigida pelo tecido até depois da peça pronta teve tudo a ver com a coleção batizada de Sonho Primeiro, que trata da construção da memória. “Sempre trabalhamos com tecidos delicados e a experiência com denim foi interessante porque confeccionamos a peça para lavagem para depois descosturá-la e acrescentar outros elementos, mantendo a memória do processo anterior”, explica Silva.
É a terceira coleção da dupla, cuja marca produz de 20 a 30 peças por mês. Mesmo pequena, a empresa estuda ampliar o espectro de vendas para o Brasil. A participação no Dragão Fashion fez parte do estudo de mercado, assim como as vendas fechadas que serão realizadas em Olinda (PE) e Curitiba (PR). Estrada diz que pelo tipo de roupa que fazem e pelo fato de que Brasil e México não têm acordo bilateral de comércio, o melhor seria fabricar no Brasil. Mas, por enquanto, nada decidido.
*a jornalista viajou a convite do Dragão Fashion