Novas fibras elásticas despontam no mercado

Novas fibras elásticas despontam no mercado da Lenzing e da Lycra

Lenzing adapta o Tencel e a Lycra promete o elastano de base biológica para o final de 2024.

Novas fibras elásticas despontam no mercado da Lenzing e da Lycra

O ano começa com dois fabricantes anunciando novas fibras elásticas. Na semana passada, a Lenzing comunicou ao mercado que desenvolveu uma técnica de processamento de fibras de liocel, que comercializa sob a marca Tencel, de modo a criar tecidos elásticos. A estratégia do fabricante é disputar o mercado de elastano como uma alternativa “livre de combustíveis fósseis”.

Nessa fase inicial, a solução está voltada para tecidos leves, como camisaria, com propriedades de elasticidade e recuperação dentro dos padrões internacionais de mercado, afirma a empresa em comunicado à imprensa. Nesse informe, a Lenzing não aborda o uso do liocel elástico em denim.

“Durante o processo úmido, as fibras Tencel Lyocell sofrem um inchaço significativo em diâmetro, levando ao aumento das ondulações do fio na direção transversal. Isto se traduz em um tecido que pode esticar com maior recuperação e não encolhe nem enruga facilmente, mantendo uma aparência lisa mesmo após a lavagem em casa”, declara a companhia no comunicado.

ELASTANO BIODERIVADO

Novas fibras elásticas despontam no mercado da Lenzing e da Lycra

Já a The Lycra Company também anunciou na semana passada que levará para a Colombiatex 2024 (23 e 24 de janeiro) novas fibras elásticas, como o elastano feita com Qira, alternativa de base biológica aos butanodiois à base de combustíveis fósseis (BDO) produzida pela Qore, joint venture da Cargill com a Helm. “A fibra fabricada com Qira utiliza 70% de recursos renováveis à base de milho industrial, sendo a primeira do seu tipo a ser produzida em larga escala e com início de comercialização previsto para o final de 2024”.

Conforme a Lycra, para usar o elastano de base biológica as tecelagens, nem as confecções, precisarão alterar os processos industriais. Afirma que a nova fibra apresentará o mesmo desempenho de elasticidade, resistência e durabilidade do elastano convencional.

Ainda como Invista, em 2014, a empresa já investia no desenvolvimento de elastano produzido a partir de glicose derivada de milho.

fotos: divulgação