Entre os lançamentos, varejista anuncia camiseta de algodão agroecológico rastreável e linha D-Ultras.

Terceira maior empresa do varejo brasileiro entre as companhias de capital aberto, a Riachuelo investe em fibras têxteis inovadoras em movimento que amplia o seu portfólio de valor ainda que em escala contida. Nem todos os produtos estarão disponíveis para venda em todas as lojas físicas. A Riachuelo deu um passo importante rumo à moda regenerativa com o lançamento de sua primeira coleção rastreável de camisetas produzidas com algodão 100% agroecológico e tingimento natural à base de plantas.
A iniciativa da Riachuelo é fruto de uma cadeia produtiva inteiramente nordestina, fomentada por meio do Instituto Riachuelo no programa Agro-Sertão, que beneficia diretamente cerca de 160 agricultores no Rio Grande do Norte, explica o comunicado à imprensa da varejista. Além do uso de biofertilizantes, defensivos naturais e técnicas regenerativas no cultivo do algodão, o diferencial da coleção em lançamento está na aplicação de tingimento a partir do uso de corantes naturais derivados de espécies como anileira, acácia e alfafa.
Em paralelo, a Riachuelo também anunciou o lançamento da linha D-Ultras, com peças básicas de alta performance produzidas com tecnologias desenvolvidas internamente. As peças da Ultrafresh, da Ultrasoft e da Ultracotton atendem diferentes necessidades de regulação térmica, toque macio e resistência, observa a varejista.
CAMISETAS RASTREÁVEIS

Para garantir transparência, cada peça carrega um passaporte digital acessado por QR code que permite ao consumidor rastrear toda a cadeia de produção por meio de tecnologia blockchain, desenvolvida em parceria com a Blockforce. São dados desde a origem do algodão no sertão do Rio Grande do Norte, passando pelos processos de fiação, tecelagem, tingimento natural e confecção, até a chegada às lojas.
Após beneficiado, o algodão agroecológico é vendido diretamente pelos agricultores para fiação parceira em João Pessoa (PB) e o fio vira malha na fábrica da Riachuelo, a Guararapes, instalada na região metropolitana de Natal (RN). Conforme a varejista, cerca de 70 mil peças foram produzidas a partir das safras de algodão agroecológico de 2022 e 2023.
“Queremos ter cada vez mais produtos mais responsáveis e sustentáveis em nossas lojas e o algodão agroecológico terá um papel fundamental neste processo. Hoje ele representa menos de 1% do algodão produzido globalmente e, seu cultivo, se comparado ao algodão convencional, que utiliza agrotóxicos em sua produção, gera menos 37% de emissões de carbono. Ele faz parte da nossa estratégia de matérias-primas e da nossa jornada de descarbonização a curto e longo prazo”, declarou no comunicado à imprensa André Farber, CEO do Grupo Guararapes, dono da Riachuelo.
DESENVOLVIMENTO PRÓPRIO

Seguindo a estratégia já anunciada por Farber de explorar os ativos que detém, a empresa desenvolveu a linha D-Ultras, de malhas produzidas na fábrica da varejista no Rio Grande do Norte. As opções abrangem versões femininas e masculinas, representando o interesse da Riachuelo na direção que amplia o portfólio de techwear no varejo brasileiro.
As peças Ultrafresh usam malha modal na confeção, que combina atributos que regulam a temperatura corporal com tecnologia antiodor. A Ultrasoft recebe acabamento peletizado para proporcionar toque macio e suave. E a Ultracotton é feita de malha 100% algodão. Cada camiseta custa R$69,90.
fotos: divulgação