Em 2019, sob a gestão do governo João Doria, o programa prioriza a área de conhecimento, lançando dois cursos no segundo semestre.
Vinculado à secretaria estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o programa Moda Inclusiva passa por uma revisão. “Vamos conservar o legado, mas promover melhorias, abordando a questão de maneira diferente”, afirmou ao GBLjeans, a gestora do programa, Izabelle Palma, que assumiu o cargo em abril. Cadeirante, assim como a secretária da pasta Célia Leão, ela explica que a nova gestão segue o mote Nada sobre nós, sem nós. Ou seja, toda iniciativa deve considerar a participação e a opinião da pessoa com deficiência.
Nessa revisão do programa, por enquanto, não foram abertas inscrições para o Concurso Moda Inclusiva que em 2018 completou dez anos. A prioridade do Moda Inclusiva neste primeiro ano do governo João Doria será a área de conhecimento. A secretaria vai realizar dois cursos no segundo semestre, gratuitos e abertos a todos os interessados, na sede da autarquia na Barra Funda, bairro da capital.
O curso de Negócios é o primeiro e está programado para agosto, sendo realizado aos sábados. Sobre o público Izabelle explica que podem ser empresários interessados nesse segmento de mercado; uma marca que queira lançar uma linha para pessoas com deficiência e não sabe por onde começar; médicos que gostariam de mais informações para orientar pacientes; parentes de pessoas com deficiência.
Em outubro está previsto o de Criação, também aos sábados. A gestora conta que o curso vai abordar de modelagem para uma coleção inclusiva, passando pelo moodboard à finalização. “A modelagem tem que considerar as especificidades do corpo de uma pessoa com deficiência”, observa.
MOSTRA DEFENDE MUDANÇAS
De acordo com Izabelle, na nova fase a intenção é que a moda inclusiva faça parte do ambiente de negócios e não fique apenas no campo da experimentação. Porém, os caminhos para alcançar esse objetivo ainda estão em discussão, observa. A primeira iniciativa com esse viés foi a promoção de um evento que incluiu a apresentação de modelos com e sem deficiência para mostrar roupas versáteis que podem ser usadas por todas as pessoas.
Em seu discurso no evento a secretária Célia Leão salientou: “Pessoa com deficiência também é agente de moda. Também se veste. Também quer se sentir bonito. Pessoas como todos os outros. Só tem uma característica que é a deficiência”.
