Arrefece o apetite do brasileiro por roupas em 2014

Estimativa do Pyxis Consumo aponta que classes C e B serão responsáveis por 81% do montante, sendo que pela primeira vez no país os gastos da C deverão superar os da B.

Cada brasileiro deverá gastar neste ano, em média, R$ 810,84 com vestuário. Segundo estimativas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência, esse valor é apenas 3% superior ao projetado em 2013, quando a média nacional foi de R$ 786. O consumo total de vestuário no país deverá encerrar o ano com volume de R$ 138 bilhões, frente a R$ 129 bilhões, de 2013.

O boom do aumento nos gastos com roupas no Brasil foi em 2012, quando o valor total estimado foi de R$ 109 bilhões, que correspondeu a crescimento de 43% sobre os R$ 76 bilhões do ano anterior. O potencial de consumo avaliado pelo estudo refere-se apenas às compras de pessoa física junto a varejistas do ramo e inclui a aquisição de vestuário masculino (bermuda, calça social, calça jeans, camiseta, casaco, roupa íntima, terno, meia, camisa e gravata), feminino (vestido, saia, blusa, terno feminino, roupa íntima, roupa esportiva e moda praia) e infantil (blusa, camiseta, roupa para bebê, vestido, calça, meia, roupa íntima e roupas de praia).

De acordo com os resultados de 2014 do estudo, as classes C e B serão as maiores consumidoras, com 41% e 40% do potencial de consumo, respectivamente. Dessa forma, pela primeira vez no Brasil, a classe C ultrapassa a B com desembolsos na compra de roupas. Em 2011, a participação da classe C no gasto total era de 38% e a da B, 42%. Em reais, o potencial de consumo da classe C este ano é de R$ 56,2 bilhões e o da classe B, R$ 54,9 bilhões. A classe A deverá representar 11% do consumo total do país, com gastos de R$ 15,1 bilhões. As classes D e E compõem o menor grupo de consumo para o varejo de moda, com potencial estimado para 2014 de 8%, atingindo R$ 11,6 bilhões.

A região sul continua a deter a maior expectativa de gasto por habitante, com R$ 941,67, seguida da região centro-oeste, com R$ 917,49, e da região sudeste, com R$ 863,49. Os moradores do norte do país devem gastar R$ 695,98 e os do nordeste, R$ 632,11. Considerando as classes socioeconômicas na análise por região, o sudeste concentra o maior potencial em todas as classes.

O destaque fica para a classe B, com R$ 29,1 bilhões, seguida pela classe C, com R$ 26,9 bilhões. Os índices mais baixos estão quase todos concentrados na região norte, onde a soma de todas as classes deverá atingir R$ 8,7 bilhões. A exceção são as classes D e E do centro-oeste, grupo que apresenta o menor potencial de consumo dentre todos, de R$ 849,1 milhões.