Novembro mostra reação do comércio exterior no setor em relação a outubro, mas sobre 2018 as compras permanecem em queda.
Depois de minguar em outubro, o comércio exterior de denim mostrou reação em novembro. A importação aumentou, ainda que permaneça bem abaixo da média histórica. Subiu 40% na passagem de um mês para o outro, atingindo US$ 610,34 mil. Contudo, em relação a novembro de 2018, o recuo das compras foi de 57%. Os dados constam do sistema de controle do comércio exterior do governo federal, a partir do qual o GBLjeans faz o levantamento.
O denim que entra no Brasil é quase todo fornecido pela China. Com o dólar nas alturas, o mercado preferiu se abastecer com fornecedores locais. Do total internado, a China vendeu US$ 587,83 mil, praticamente a metade do que enviou em novembro do ano passado. Mais outros dois países completam o volume de importação de novembro. Da Colômbia vieram US$ 12,20 mil e da Itália, outros US$ 10,30 mil.
EXPORTAÇÃO SOBE 10%
Os embarques de denim brasileiros para o exterior cresceram 9,53% em novembro, registrando US$ 3,88 milhões. A comparação com novembro de 2018 mostra aumento de 40%. Só para a Argentina foram exportados US$ 2,47 milhões, que correspondem a três vezes mais o volume vendido em igual mês de 2018. O segundo maior comprador do denim brasileiro em novembro foi a Colômbia que adquiriu US$ 475,14 mil. O Paraguai aparece em terceiro lugar com compras de US$ 342 mil no mês.
ACUMULADO DE JANEIRO A NOVEMBRO
A alta de novembro não foi suficiente, porém, para reverter a trajetória de queda do retraído comércio exterior de denim no ano. O acumulado até novembro mostra que o Brasil importou US$ 9,15 milhões, contra US$ 23,59 milhões nos primeiros 11 meses do ano passado. A queda foi de 61%. A China foi a via mais afetada. Despencou US$ 11 milhões. Saiu de US$ 17 milhões de janeiro a novembro de 2018 para meros US$ 6 milhões no acumulado de 2019.
A importação do Equador aparece em seguida, tendo recuado de US$ 2,94 milhões, em 2018, para totalizar US$ 1,30 milhão de janeiro a novembro deste ano.
A exportação de denim no mesmo período mantém queda, ainda que em patamar bem inferior à contenção da importação. Diminuiu 7,22% sobre o mesmo período do ano passado, para chegar a US$ 35 milhões. As vendas brasileiras são pulverizadas.
O maior comprador do denim nacional é a Argentina que absorveu o equivalente a US$ 12,76 milhões no acumulado de janeiro a novembro, contra US$ 11,53 milhões no mesmo período do ano passado. A Colômbia é o segundo destino, com compras de US$ 5,33 milhões. O Paraguai mantém o terceiro lugar, tendo adquirido US$ 2,91 milhões até novembro.
DADOS REVISTOS DE EXPORTAÇÃO
Correções no sistema de apuração, levaram o governo a rever os dados de exportação de setembro e outubro em geral. Com leve alteração para cima no caso de denim. Assim, o país exportou US$ 3,99 milhões (antes US$ 3,86 milhões) em setembro; e US$ 3,54 milhões em outubro (antes US$ 3,41 milhões).