Produção de vestuário caiu e IPP aumentou, setor têxtil produziu mais com IPP maior e, na ponta, o comércio enfrentou vendas menores.

O cenário de início de 2025 parece nublado ao analisar os indicadores de janeiro publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada. De acordo com Pesquisa Industrial Mensal, a produção de vestuário mantém o desempenho de gangorra, alternando altos e baixos.
Em janeiro, a produção de vestuário caiu 4,70%, depois de ter aumentado em dezembro. Mas os preços industriais sobem pelo segundo mês seguindo, com alta do IPP (Índice de Preços ao Produtor) de 1,05% em janeiro.
De seu lado, a indústria têxtil completa em janeiro quatro meses em expansão, com crescimento de 1,40% em janeiro, mostra a pesquisa do IBGE. E o IPP depois de recuar em dezembro voltou a aumentar em janeiro, avançando 0,55%. Assim praticamente anulou o recuo do mês anterior (-0,59%).
Os preços industriais em alta não repercutiram na inflação do varejo de moda e roupas, que arrefeceu em janeiro e fevereiro. Mas podem alterar o cenário a partir de março quando começam a chegar as novas coleções no varejo.
A Pesquisa Mensal de Comércio aponta para queda de vendas e receita no varejo de moda brasileiro. Pelo segundo mês seguido, o volume de vendas diminui, com baixa em janeiro de 0,10% sobre a redução de dezembro. Em receita nominal, o varejo de moda recuou ainda mais, com queda de 2,50%, informa o IBGE. Queda que pode ser atribuída ao período de liquidações de estoque para troca de coleções.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Para analisar esses indicadores de janeiro, navegue pelos gráficos preparados pelo GBLjeans.
Reúnem os dados de produção industrial, IPP (a inflação da indústria) e desempenho do varejo de moda, que inclui as lojas de vestuário, calçados e tecidos. Comparados ao desempenho geral.