Índice mede consumo nas classes C e D

Índice mede consumo nas classes C e D

O IBVCD foi criado pela Superdigital, fintech controlada pelo banco Santander, e será mensal a partir de janeiro de 2021.

Índice mede consumo nas classes C e D

Fintech do banco Santander, a Superdigital lança o indicador IVBCD. O índice mede o consumo das classes C e D a partir dos dados financeiros da própria empresa. Tendo por base a metodologia dos estudos trimestrais de acompanhamento, o Índice do Varejo Brasileiro das Classes C e D será mensal a partir de janeiro. Atualmente, a Superdigital administra 1,9 milhão de contas e emitiu 2,9 milhões de cartões, entre físicos e virtuais.

“A ideia da criação do IVBCD é construir uma base de informações sólidas a partir dos hábitos de consumo e gastos das classes C e D, que proporcione uma melhor leitura das tendências e movimentos dessas classes sociais que, hoje representam mais de 60% da população brasileira, segundo os dados da Fundação Getúlio Vargas”, declarou Luciana Godoy, CEO da Superdigital, em comunicado ao mercado.

Os recortes de análise incluem lojas de roupas. O balanço do terceiro trimestre aponta para aumento de 20% no consumo total das classes C e D. Só com roupas, esses consumidores gastaram 14% mais do que no segundo trimestre. É bom considerar que o período de março a junho foi bastante afetado pelas medidas de contenção da pandemia de covid-19 que levou ao fechamento das lojas do varejo considerado não-essencial.

MAIS GASTOS COM ROUPAS

No terceiro trimestre também subiram os gastos com hotéis e motéis (23%); restaurantes (22%), transporte (21%) e combustível (20%). Em sentido inverso, caíram os gastos com empresas aéreas (-10%) e serviços (-6%).

De acordo com o estudo, os consumidores das classes C e D movimentaram R$497 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 20% sobre o trimestre anterior. Do total, R$19,88 milhões, ou 4%, foram destinados a compra de roupas.

O índice mede ainda a preferência por canal de compra. O público avaliado ainda prefere adquirir roupas no varejo físico (89%) e 11% por e-commerce, conforme os dados do terceiro trimestre.