Indústria produz mais e aumenta preços

Indústria produz mais e aumenta preços em abril de 2023

Dados de abril do IBGE interrompem queda de custos e dão sinais de retomada da produção.

Indústria produz mais e aumenta preços em abril de 2023

Em sentido contrário à trajetória de queda do setor industrial brasileiro como um todo, a indústria têxtil e de vestuário produz mais em abril. Os dados constam da pesquisa mensal realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A indústria têxtil mantém variação positiva desde dezembro, com alta de 0,14% em abril em relação a março.

Depois da forte baixa em março, a produção de vestuário cresce novamente em abril. No entanto, o aumento de 0,12% não foi suficiente para neutralizar a perda do mês anterior.

Para a produção industrial brasileira como um todo, o IBGE registra queda de 0,60% em abril em relação a março.

IPP DE ABRIL

Desempenho semelhante à produção se repetiu nos preços de atacado da indústria brasileira como um todo em abril. A pesquisa do IBGE que calcula o IPP (Índice de Preços ao Produtor) registra queda de 0,35% no custo dos insumos da indústria em geral.

Já a indústria têxtil e de vestuário produz mais, com alta, respectivamente, de 1,20% e de 1,10%, em abril sobre março.

Para a indústria de artigos têxteis, o resultado de abril interrompe uma sequência de retração de preços de janeiro a março.

Sem perspectiva de alívio, o vestuário continua a ficar mais caro na ‘porta de fábrica’ pelo quarto mês consecutivo.

ACUMULADO NEGATIVO PARA PRODUÇÃO E PREÇOS TÊXTEIS

Apesar de produzir mais em abril, a indústria têxtil acumula queda em 2023 de 1,40% quando comparada aos mesmos quatro meses de 2022.

A estabilização da cadeia de fornecimento ajuda na contenção dos preços industriais. No ano, o setor têxtil acumula baixa de 1,92%.

Segue o comportamento da indústria em geral, que anota recuo acumulado no período dos preços do atacado (-0,99%) e do nível de produção (-1%).

Também em 12 meses até abril de 2023, o segmento têxtil acumula baixa de produção de 6,80% e queda acumulada de preços industriais de 0,48%.

VESTUÁRIO ACUMULA QUEDA DE PRODUÇÃO E PRODUTOS MAIS CAROS

Apesar do desempenho positivo de abril, a produção de vestuário acumula retração de 9,10%, no ano, na comparação com os mesmos quatro meses de 2022.

Já os preços de atacado permanecem altos, registrando aumento acumulado de 6,88% entre janeiro e abril.

Mesma flutuação de resultados se repete na análise dos últimos 12 meses. Conforme o IBGE, a indústria do vestuário acumula queda de 8,3% na produção, mas soma alta de 13,34% nos preços de atacado.

INDÚSTRIA GERAL

A produção industrial brasileira como um todo acumula queda de 0,20% nos últimos 12 meses até abril. Registra baixa acumulada de 4,63% nos preços de ‘porta de fábrica’, apontada pelo IBGE como a maior queda histórica do indicador.

CONSULTE OS GRÁFICOS

Com base nos dados do IBGE, o GBLjeans elabora gráficos que tornam a visualização mais rápida do desempenhos dos dois segmentos – têxtil e de vestuário. Dá para acompanhar a variação do nível de produção e dos preços industriais no mês, no acumulado do ano e em 12 meses.

Mensalmente o IBGE revisa os dados com base em ajustes sazonais. Por isso, pode haver mudanças nos gráficos de um mês para o outro.

Use as setas para consultar os gráficos.