Parte do setor têxtil e de confecção planeja aumento de produção, em 2008

Pesquisa da CNI mostra que 30% das empresas desses setores vão investir para fazer frente à demanda ou melhorar produtos

Em torno de 30% das empresas dos setores têxtil e de vestuário que planejam investir em 2008 têm por foco o mercado interno. O que muda é o destino dos recursos. A principal motivação de 54% das têxteis que vão comprar mais máquinas e equipamentos no próximo ano é melhorar a qualidade dos produtos que fabricam. Para 57% das confecções que planejam desembolsos, os recursos servirão para o aumento da produção.

 

A meta consta do estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Sondagem Especial sobre Investimentos, divulgado na semana passada. A pesquisa realizada com 1.655 indústrias de todo o Brasil consulta o investimento realizado em 2007 e sonda o desembolso para o ano seguinte. Segundo a análise, 42% das indústrias brasileiras pretendem comprar mais máquinas e equipamentos no ano que vem, com vistas ao aumento da produção para atender a demanda interna.

 

Entre os segmentos avaliados, as têxteis integram o grupo de segmentos que apresenta os maiores índices de propensão a reduzir o nível de produção. Nessa pesquisa, 21% das empresas do setor têxtil consultadas declararam que pretendem reduzir as compras de máquinas e equipamentos, em 2008. Esse percentual cai para 8% entre as empresas de vestuário.

 

Em compensação, o índice daquelas que vão investir nos dois setores é bastante semelhante – de 34%, têxteis, e de 38%, confecção. Em termos de capacidade para atender a demanda prevista para 2008, 18% das indústrias dos dois setores consideram que a capacidade produtiva está abaixo do que deveria. Para 71% (têxtil) e 72% (vestuário) das empresas, o nível de produção está adequado ao consumo esperado para o ano. A diferença corresponde às empresas que avaliam ter capacidade de sobra.

 

Das que pretendem investir, as indústrias têxteis e de vestuário disporão de recursos próprios, 78% e 73%, respectivamente, estando alinhadas com a média de 71% observada pelo estudo.