A cotação registrou aumento em outubro, recuou na primeira semana de novembro, para voltar a subir na segunda quinzena do mês.
Conforme os especialistas, os preços do algodão oscilam com força desde meados de outubro. De acordo com o relatório da Cotton Inc., no final de outubro, os contratos futuro de dezembro foram negociados em Nova York com alta, passando de
US$0,67 por libra para US$0,72 por libra. As análises do Cepea* apontam para recuo de 6% nos preços na primeira semana de novembro. E voltaram a subir na segunda de novembro com alta de 5%.Para a Cotton Inc., a perspectiva é de cotação apreciada, sustentada por fatores envolvendo produção e comércio agrícola internacional. “No entanto, esses fatores devem ser equilibrados no contexto dos estoques globais. Com a Covid e seus efeitos na demanda na safra passada, o mundo fez a segunda maior adição de estoques já registrada”, observa o relatório da agência americana.
Pela análise do Cepea, a cotação subiu no final de novembro “tendo como suporte a ligeira alta nos preços externos e na paridade de exportação”.
PRÓXIMA SAFRA BRASILEIRA
Os preços do algodão oscilam e a produção global tende a cair. O relatório da Cotton Inc. estima a produção de algodão no Brasil para a safra 2020/2021 em 12 milhões de fardos, queda em relação aos 13,8 milhões de fardos projetados para a temporada de 2019/2020.
Por esse levantamento, a produção mundial está estimada em 116,1 milhões de fardos para o mesmo período. Se confirmada, representa redução sobre os 122,2 milhões da safra de 2019/2020.
Em toneladas, a safra brasileira de 2020/2021 tem previsão de atingir 2,6 milhões, contra 3 milhões da safra anterior. Mas o país permanece como o quarto maior produtor global.
A previsão indica produção mundial de 25,3 milhões de toneladas na safra 2020/2021, com consumo estimado em 24,8 milhões. No ciclo 2019/2020 teve produção estimada em 26,6 milhões de toneladas e consumo de 22,2 milhões de toneladas.
*Cepea: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo).
