Outubro é o quarto mês que têxtil diminui o ritmo e vestuário enfrenta a maior queda do ano.

A produção industrial têxtil e de confecção de vestuário repete em outubro o desempenho de setembro e recua. Dessa maneira, a indústria têxtil amarga quatro meses em baixa, fechando outubro produzindo
0,30% a menos que no mês anterior. Já a indústria do vestuário enfrenta dois meses produzindo menos. No entanto, a queda em outubro alcançou 7,1%, sendo a maior do ano.No caso da têxtil, a maior desaceleração atingiu as fiações, com volume 18% menor que em setembro. A baixa entre as tecelagens foi de 4,5%, e entre as malharias o recuo foi de 7,6%.
Conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), cujos resultados o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira, 02 de dezembro, apesar de a maioria dos setores analisados apresentarem variação negativa em outubro em relação a setembro, a indústria brasileira como um todo registra alta de atividade de 0,30%, interrompendo dois meses de retração. De acordo com o IBGE, alimentos e indústria química ajudaram a reverter o quadro.
No acumulado de janeiro a outubro de 2022, a produção industrial têxtil e de vestuário recua na comparação com o mesmo período de 2021. As confecções de vestuário produziram 7,40% a menos. A queda na indústria têxtil acumula baixa de 12,70% no mesmo confronto. A indústria brasileira como um todo registra queda acumulada de 0,80% no ano.
Em 12 meses até outubro de 2022, os indicadores também são negativos. A produção de vestuário diminuiu 9,40% e a produção têxtil teve queda acumulada de 14%.
O tombo dos dois setores continua bem mais penoso que o da produção industrial em geral que recua 1,40% em 12 meses.
PREÇOS EM CONTENÇÃO
Aparentemente, o ciclo de reajustes nos preços de atacado da indústria têxtil e de vestuário vem perdendo força, mas não acabou. Em outubro, a variação foi contida. Os preços de fábrica de vestuário subiram 0,07% e dos da têxtil aumentaram 0,06%, mostra a pesquisa do IBGE que calcula o IPP (Índice de Preços ao Produtor).
A indústria brasileira como um todo completa três meses com IPP negativo. Em outubro, os preços de fábrica caíram 0,85%.
Entretanto, no acumulado de janeiro a outubro de 2022, o vestuário vendido no atacado mantém alta de 14,77%, na comparação com o mesmo período de 2021. O aumento acumulado em têxtil assinala 8,32%. Ambos os setores operam com reajustes muito acima da inflação oficial para o período, de 4,70%.
A inflação da indústria em geral no ano alcança 5,04%.
Em 12 meses até outubro de 2022, os preços industriais de vestuário apresentam aumento acumulado de 16,24%. A alta em têxtil é de 12,62%.
Já a indústria em geral registra 6,50% de avanço nos preços de atacado nos últimos 12 meses até outubro.
CONSULTE OS GRÁFICOS
Com base nos dados do IBGE, o GBLjeans elabora gráficos para permitir a comparação mais rápida da variação de produção e preços da indústria. Dá para acompanhar o desempenho no mês, no acumulado do ano e em 12 meses.
Mensalmente o IBGE revisa os dados com base em ajustes sazonais. Por isso, pode haver mudanças nos gráficos de um mês para o outro.
Use as setas para consultar os gráficos.