Já em preços industriais apenas as roupas desaceleraram os reajustes em maio.

Depois do crescimento pontual em abril, a produção de vestuário volta a cair em maio no Brasil. Conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a atividade recuou
0,40% em maio na comparação com abril. Assim, em cinco meses a produção de vestuário ficou 11,80% menor que no mesmo período de 2021. Em 12 meses, a redução acumulada é de 4,60%.Em 2022, apenas em abril, as confecções aumentaram o ritmo industrial. Nos outros quatro meses, a produção de vestuário volta a cair, enfrentando queda persistente.
Já a produção têxtil registra em maio dois meses consecutivos em crescimento, mostra a pesquisa do IBGE. Sobre abril, aumentou 2,50%. A expansão acumulada em dois meses não foi suficiente, porém, para reverter o desempenho negativo acumulado nos primeiros cinco meses de 2022 (-16,60%). Tampouco foi capaz de reduzir a queda verificada nos últimos 12 meses até maio (-10,90%).
De acordo com a pesquisa, com o aumento de 0,30% em maio, a indústria brasileira como um todo assinala quatro meses seguidos de crescimento. Porém, o resultado não foi capaz de reverter a tendência e acumula queda de 2,60% de janeiro a maio. O acumulado de 12 meses registra retração de 1,90% na atividade industrial do país.
PREÇOS INDUSTRIAIS
Sem trégua à vista, os preços industriais continuam a subir no país. As roupas saíram de fábrica 3,41% mais caras que em abril. Até agora, o maior aumento do ano.
Dessa forma, de janeiro a maio acumula aumentos de 10,17% sobre os primeiros cinco meses de 2021. E nos últimos 12 meses até maio, os preços têm alta acumulada de 17,90%, informa a pesquisa do IBGE que calcula o IPP (Índice de Preços ao Produtor), a inflação da indústria.
A indústria têxtil segurou os repasses em maio e elevou os preços em 0,32% sobre abril. É o menor reajuste do ano. Mas que não alterou significativamente a alta acumulada no ano em cinco meses (5,66%). Em 12 meses até maio, os preços industriais de têxtil acumulam alta de 19,08%.
O IPP da indústria brasileira em geral aponta para aumento de 1,83% em abril. Fecha os cinco meses até maio com alta acumulada de 9,06%. Nos últimos 12 meses, o índice sobe para 19,15%.
A divulgação do IPP sinaliza as tendências inflacionárias de curto prazo no país, explica o IBGE.
CONSULTE OS GRÁFICOS
O GBLjeans elabora gráficos para permitir a comparação mais rápida da variação de produção e preços da indústria. Dá para acompanhar o desempenho no mês, no acumulado do ano e em 12 meses.
Mensalmente o IBGE revisa os dados com base em ajustes sazonais. Por isso, pode haver mudanças nos gráficos de um mês para o outro.
Use as setas para consultar os gráficos.
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