Inflação de maio do setor é praticamente o dobro da alta geral dos preços no Brasil, que desacelerou para 0,46%.
Depois de saúde e cuidados pessoais, a categoria que abrange vestuário, tecidos, calçados e jóias foi a que mais pressionou a inflação brasileira de maio. Se a alta geral dos preços foi de 0,47% no mês, mostrando desaceleração, a da categoria foi praticamente o dobro, alcançando reajuste médio de 0,84% em maio, tendo começado a subir em março. Diferentemente de meses anteriores, tecidos representaram os itens que mais encareceram registrando aumento de 1,55%, mostram os resultados divulgados nesta sexta-feira, 6 de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta espalhou-se por todos os itens da cesta da categoria em patamar acima da inflação geral, com exceção de jóias e bijuterias que subiram 0,45%. Roupas masculinas tiveram aumento de 1,10%, roupas femininas de 0,88%, infantil de 0,58% e calçados de 0,58%. Manteve assim o mesmo comportamento de maio de 2013, refletindo troca de coleções nas lojas, o início do inverno que obrigou consumidores a saírem para as compras e porque os itens da estação são geralmente mais caros que os de verão.
Entre as capitais monitoradas pelo IBGE, a inflação de São Paulo disparou em maio, depois da queda de preços de roupas e tecidos observada em abril. A inflação da capital paulista atingiu 1,16%, a quarta mais alta entre as cidades da amostra. As três primeiras foram Porto Alegre que continua a liderar os aumentos, como em abril, com alta de 1,28%; Belo Horizonte e Campo Grande, ambas com reajuste de 1,17%.
Para roupas femininas, a cidade de maior alta de preços foi Fortaleza, com reajuste de 3,01%. Vitória foi a capital que mais aumentou preços de roupas masculinas, com alta de 2,27%; e em Salvador são as roupas infantis que tiveram o maior aumento, de 2,53%, entre as capitais pesquisadas.