Em 2014, a área de cultivo aumentou 14% atingindo a maior expansão verificada em 20 anos de cultura, afirma a entidade setorial OTA.
Relatório da OTA (Organic Trade Association), entidade dos Estados Unidos que representa o comércio de produtos orgânicos, afirma que o algodão cultivado de maneira sustentável, atendendo a regras específicas de solo e manejo, cresceu 14% em área plantada sobre a safra de 2013. Atingiu 18.234 acres, o equivalente a 7 hectares. É pouco, se comparado à cultura tradicional, porém, representa a maior expansão verificada em 20 anos, desde que o país passou a plantar algodão orgânico em 1995, afirma a entidade.
A avaliação do estudo indica que a área plantada poderia ser maior não fosse a oferta restrita de sementes, ervas daninhas resistentes e escassez de mão-de-obra sazonal. Em volume colhido, o aumento foi ainda maior: de 20%. “Enquanto a quantidade de hectares colhidos em 2013 diminuiu para 9.262 fardos sobre os 9.842 do ano anterior, a produção em 2014 aumentou para 10.335 fardos”, registra o relatório.
Segundo a OTA, os consumidores americanos “querem incorporar orgânico não apenas no alimento que comemos, mas, nas roupas que vestimos, nos lençóis de nossa cama e nos colchões em que dormimos.” A pesquisa foi realizada em dezembro com produtores de algodão orgânico do Arizona, da Califórnia, do Novo México, da Carolina do Norte e do Texas. De acordo com o levantamento, os produtores cobram US $ 1,38 por libra de algodão herbáceo orgânico, com preços chegando a US $ 2,20 para algodão pima orgânico. Uma das medidas da OTA é trabalhar com o governo americano no sentido de adotar regras mais rígidas para a adoção de etiquetas atribuindo uso de algodão orgânico na indústria têxtil.