Setor têxtil une-se para preservar competitividade

Grupo de trabalho da indústria e do varejo terá três meses para formatar uma agenda comum de ações a serem executadas para melhorar o desempenho do mercado.

Entidades que representam a indústria e o varejo têxtil e de confecção assinaram no último dia 27 de março, na sede da Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção), memorando de entendimento para aprofundar o diálogo entre os segmentos e unir forças para aumentar a competitividade das empresas do setor. Em 90 dias será detalhado um cronograma de ações, informa comunicado distribuído pelas entidades.

O documento identifica temas de interesse comum que deverão fazer parte de um programa de ações a ser definido por um grupo de trabalho do qual fazem parte a Abit, a Abrafas (Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas), a ABVTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) e o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo). Na visão da Abit, o país está crescendo, mas, a indústria não participa desta expansão. A idéia é fortalecer a cadeia têxtil com ações conjuntas entre os fabricantes e o varejo.

O grupo de trabalho deverá analisar iniciativas na área tributária, além daquelas que já estão em andamento como o RTCC (Regime Tributário Competitivo para Confecção) que visa o tratamento tributário especial para as confecções. Também faz parte da agenda cobrar a criação do Kit Enxoval que busca a inclusão do setor têxtil no programa federal Minha Casa Melhor (cartão de financiamento do Minha Casa, Minha Vida) para compra de produtos de cama, mesa, banho e tapetes.

Os representantes das entidades defendem, ainda, incentivar ações de desenvolvimento voltadas à gestão, tecnologia, qualidade de produtos e serviços; inovação com práticas sociais e ambientais sustentáveis; melhores práticas trabalhistas; capacitação de produtores e varejistas; e a convergência dos selos de conformidade existentes no setor, como o Qual, Abit, e o da ABVTex.