Empenho das empresas brasileiras para reduzir consumo de energia

Dados do levantamento mundial encomendado pela IBM revelam que luz foi a despesa que mais encareceu nos últimos dois anos entre as empresas com 50 a 500 funcionários

De acordo com pesquisa encomendada pela IBM, uma das maiores companhias de TI (tecnologia da informação) do mundo, 75% das pequenas e médias empresas brasileiras demonstram preocupação com o meio ambiente e 58% delas adotou algum tipo de política ambiental. A pesquisa ouviu representantes de 1,4 mil empresas de oito países, das quais 130 no Brasil, no mês passado.

 

Entre as brasileiras, o levantamento constatou que um dos principais esforços tem sido no sentido de reduzir o consumo de energia elétrica, como alternativa de preservação dos recursos naturais. Das empresas ouvidas no país, 89% afirmam que essa tem sido a principal motivação para conter gastos com conta de luz. Nos Estados Unidos, esse percentual cai para 38%.

 

São medidas simples, mas que contribuem para reduzir o consumo, como alternativas de iluminação mais econômicas ou desligar equipamentos que não serão usados após o expediente. Transformações mais complexas como investir em prédios ou instalações ecologicamente sustentáveis, carros bicombustível e sistemas de energia alternativa, como painéis solares, estão longe de ser rotineiras.

 

A pesquisa investigou também se a preocupação ambiental atinge, de alguma forma, a área de TI dessas empresas. E constatou que, sim. O levantamento mostra que 87% das pequenas e médias empresas brasileiras levam em conta o nível de consumo de energia elétrica dos equipamentos que compram. A IDC (International Data Corporation), consultoria especializada em TI, publicou recentemente estudo nos Estados Unidos estimando que para cada dólar gasto com equipamentos de informática e telecomunicações, metade (ou seja, US$ 0,50) está associada ao custo de energia.

 

Os dados foram divulgados, hoje, 7, pela IBM em todo o mundo. A pesquisa, que investigou o universo das empresas com 50 a 500 funcionários, apurou que os gastos com energia foram os que mais cresceram nos últimos dois anos nessa faixa, ficando à frente dos valores destinados a saúde, folha de pagamento, aluguel e equipamentos.