Empresa brasileira tem expectativa de lançar a plataforma comercial até julho.

Um shopping no metaverso. É essa a proposta da plataforma que a Flex Interativa vem desenvolvendo e espera lançar entre junho e julho no mercado brasileiro. As marcas
compartilhariam espaço nesse universo imersivo, criando suas próprias lojas, para vender produtos físicos, a serem entregues, ou tokenizados. Entre as ideias em estudo está a de permitir a ativação de pop-up stores, que poderiam funcionar entre uma e duas horas nos momentos de maior movimento de avatares dentro desse shopping, explica Fernando Godoy, diretor da empresa.“Acredito na ideia de comunidade em vez de a empresa fazer um esforço de marketing sozinha para atrair público até o metaverso dela”, argumenta. Por esse cenário, além de visitar lojas e comprar, assistir shows ou palestras, os consumidores assumiriam seus avatares e poderiam, se quisessem, ao mesmo tempo, encontrar pessoas com interesse comuns.
Ao participar de um shopping no metaverso, a empresa precisa definir um objetivo, o tipo de experiência que visa proporcionar e para quem, resume Godoy.
Esse novo projeto de shopping no metaverso da Flex Interativa é aberto, em cenário a ser explorado pelos consumidores usando o próprio navegador do computador ou do celular.
METAVERSO PARA CAPACITAÇÃO
É diferente da proposta da plataforma de metaverso destinada à capacitação por gameficação que a empresa atualmente comercializa. A Flex Universe foi lançada no ano passado.
A gamificação representa uma série de atrativos que passam por ofertas de bônus, premiação, tarefas e outros incentivos para estimular a participação dos convidados. Devido ao propósito, a plataforma tem um modo de operação restrito. Os participantes têm que baixar o aplicativo para suas máquinas (apenas computadores). “Têm que instalar o aplicativo no computador porque tem tanta tecnologia embarcada que o navegador não consegue acompanhar”, enfatiza o diretor.
O especialista que opera a plataforma, que pode ser um instrutor ou um palestrante, por exemplo, sempre entra ao vivo, para garantir a fluidez da interação, comenta o diretor da empresa. Quem participa tem opções para montar o avatar.
O ambiente é sempre em 3D, permitindo que os avatares circulem pelos cenários. Com áudio espacial, os avatares podem até entabular uma conversa se estiverem próximos, mas o especialista que controla a dinâmica escutará o papo.
AMBIENTE CONTROLADO
Conforme Godoy, a plataforma apresenta diferentes usos, de escolas de idiomas ao RH de grandes companhias, passando por treinamento comercial e lançamento de produtos.
Por enquanto, pelo propósito de capacitação, a plataforma está restrita à participação de até 35 pessoas, de modo a permitir controle sobre atividades e interações.
Mas a Flex também investe para criar outra plataforma, que rode pelo navegador, sem necessidade de baixar o aplicativo para o computador ou o celular, e permita a participação de 100 avatares e até três instrutores simultaneamente, diz Godoy.
O modelo de contratação da plataforma de capacitação por gameficação atual é o de assinatura mensal. As funcionalidades disponíveis são as mesmas, o valor muda conforme a quantidade de salas operando simultaneamente. A reserva por uma sala disponível custa R$2,5 mil por mês, em contratos de seis meses ou um ano.