Combinando controle austero de caixa e evolução de margens, varejista tem lucro no trimestre.
Mantendo a mesma estratégia do primeiro trimestre, a C&A segura os investimentos, faz controle austero de caixa e foca na evolução de margens. Dessa forma, a varejista registra discreto lucro líquido entre abril e junho de R$4,2 milhões, mas que representa o dobro do obtido em igual período de 2022. Mesmo com o resultado afetado pelo prejuízo do primeiro semestre, a companhia reduz a perda no semestre para R$122,1 milhões.
A receita líquida apresenta leve crescimento. De 0,8% no segundo trimestre, anotando R$1,6 bilhão. E de 2% no semestre, alcançando R$2,3 bilhões.
Para os investimentos, a C&A segura os desembolsos, que recuaram quase pela metade. De abril a junho, somaram R$55,7 milhões ante os R$113,7 milhões aplicados em igual período de 2022.
No semestre, a varejista investiu R$105,5 milhões, a maior parte em tecnologia digital. Foram abertas três lojas no período, e fechada uma, de modo que a varejista iniciou agosto com 333 pontos de venda em operação.
A expectativa para o segundo semestre é conservadora, informou a companhia a investidores durante teleconferência de resultados. Para o período, enxerga uma base mais favorável de comparação em relação a 2022.
PRECIFICAÇÃO DINÂMICA NA C&A
A C&A atribui o aumento de vendas, especialmente em vestuário (3,5%), ao uso de algoritmos que permitem a “precificação dinâmica” associada à distribuição de produtos baseada em SKU. Também adotou a segmentação das lojas por tipo de consumidor, definindo o sortimento mais adequado com base nessa análise, assim como a apresentação dos produtos.
Em termos de melhoria operacional, a empresa destaca a redução do valor da dívida líquida para R$749,7 milhões, ao final do semestre.
As vendas nos diferentes canais digitais somaram R$366,1 milhões em receita bruta no segundo trimestre, que representa crescimento de 21,7%. No semestre, totalizaram R$575 milhões, aumento de 12,9%.
