Prejuízo da Riachuelo aumenta no semestre

Prejuízo da Riachuelo aumenta no primeiro semestre

Varejista atribui resultados fracos a falta de inverno e promoções, mas vê sinais de melhora.

Prejuízo da Riachuelo aumenta no primeiro semestre

A Riachuelo fecha o primeiro semestre com prejuízo líquido de R$193,2 milhões, que aumenta quase quatro vezes acima da perda acumulada nos primeiros seis meses de 2022. No segundo trimestre, a varejista registra prejuízo líquido de R$17,6 milhões, contra lucro líquido assinalado em igual período do ano passado. Conforme a companhia explicou em teleconferência de resultados, as margens foram pressionadas pela falta de dias frios entre abril e maio, que prejudicou as vendas e levou à necessidade de promoções para equilibrar os estoques.

Também pesou no período a implantação do novo ERP, que deixou a fábrica de Natal (RN) parada por alguma semanas no trimestre. A operação está normalizada no segundo semestre, garantiu a companhia.

A receita líquida não superou a forte base de comparação representada pelo segundo trimestre de 2022, mostra o balanço financeiro da Riachuelo. E apresenta baixa de 0,7%, para R$2,1 bilhões, pressionada pela baixa de 2,6% na receita de mercadorias.

Mas, no semestre, a receita líquida sobe 1,9% na comparação com igual semestre de 2022. Registra R$3,9 bilhões.

Os investimentos em seis meses totalizaram R$284 milhões. E deverão alcançar R$450 milhões no ano, afirmou a companhia.

Ao final de junho, a rede de lojas operava com 404 pontos, sendo 333 da Riachuelo, 56 da Carter’s, 12 da Casa Riachuelo e 3 da Fanlab.

AVANÇO NO 2º SEMESTRE

Para a Riachuelo, a despeito do prejuízo que aumenta no semestre, a erosão das margens é circunstancial e avalia que o segundo semestre será melhor, colhendo os resultados das medidas implementadas. Na teleconferência, os executivos da Riachuelo disseram que as vendas foram melhores em junho e continuaram em evolução ao longo de julho.

Entre as mudanças implementadas pelo novo CEO André Farber, a empresa cita a nomeação de Claudia Albuquerque como head de Moda no lugar de João Braga, que passa a liderar a área de operações. Farber também criou duas posições que não existiam – marketing e ecommerce – para as quais busca profissionais. Para o lugar de Carlos Alves, como CTO, a Riachuelo contratou Ney Santos, ex-Carrefour.

foto: divulgação (coleção Cria).