O período de maior expectativa é o atual, durante o qual o varejo troca a coleção depois do Carnaval e antes do Dia da Mães, torcendo por dias de frio.
Como uma estação regida por produtos de maior valor agregado que o verão, o outono/inverno funcionará como um importante indicador do desempenho de vendas do varejo em 2016, ano que começou difícil para as grandes redes, avalia a AbvTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), que representa as principais empresas do comércio de vestuário. Os desafios em torno da estação são muitos e não têm a ver necessariamente com a economia. A troca de coleção é feita no período após o Carnaval e antes do Dia das Mães, a melhor data para o comércio depois do Natal.
“A mudança de estação é o momento para o varejo de vestuário provocar um movimento novo, despertar o interesse do consumidor e atraí-lo para as lojas, mostrando o que foi desenvolvido para a próxima estação e quais são as grandes tendências de moda internacionais e nacionais”, declara Edmundo Lima, diretor executivo da entidade, em comunicado ao mercado. Mas, a decisão de compra do consumidor depende não apenas da aceitação dele pela coleção ou do poder de consumo. “Se tivermos o frio na hora certa, próximo das datas importantes, como Dia das Mães e Dia dos Namorados, podemos esperar resultados melhores para o setor”, analisa Lima.
Com o El Niño perdendo a força, os meteorologistas tem previsão de o outono atual apresentar temperaturas mais baixas que as registradas no outono de 2015. De acordo com as análises do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial), há previsão de massas de ar frio entre abril e junho, que podem baixar a temperatura no centro-sul do Brasil.