Como evitar desastres ao borrifar aromas pelo ambiente da loja, de forma a propagar sensação de bem estar aos clientes e incentivar o consumo.
Proporcionar experiências sensoriais aos consumidores para estimular as vendas faz parte da estratégia do varejo moderno. Música de fundo, atenção à iluminação, ambiente aconchegante são recomendações freqüentemente postas em prática. Podem não influenciar diretamente no aumento de vendas, mas, ajudam a incentivar o cliente a permanecer por mais tempo na loja, aumentando as chances dele encontrar itens de que precisa ou quer. Mais recentemente as grandes cadeias de loja passaram a borrifar aroma pelos ambientes, de modo a que o consumidor faça a associação entre perfume e marca, e seja por ela atraído.
Por trás desse apelo olfativo, as empresas gastam uma boa verba para encontrar a fragrância mais adequada ao ambiente, borrifada na quantidade certa e no intervalo de tempo correto. Como as iniciativas se multiplicam, nem sempre esses cuidados são seguidos e o que sobra é a porta aberta ao desastre. Diferentemente de outras experiências sensoriais, o olfato é mais difícil de acertar a mão até pela natureza subjetiva desse sentido.
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O perfume gostoso para uns, é horrível para outros.
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Aromas disseminados pelo ambiente podem provocar reações emocionais de consumo e, também, alergias em funcionários e clientes. A recomendação é pelas fragrâncias suaves, que deixam o ambiente fresco, sem serem marcantes.
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Loja de artigos infantis: pode pulveriza cheiro de melão ou tutti frutti.
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Loja de roupas femininas: ervas ou flores ou baunilha.
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Pode aromatizar apenas produtos e embalagens, mas, não o ambiente.
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Se a loja atender sobretudo pessoas idosas, melhor nem investir, porque com a idade o olfato não mantém a mesma sensibilidade. E o perfume pode nem ser notado.
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Aroma de lavanda / alecrim / eucalipto / camomila: tranquilidade.
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Menta e erva doce: reduz a sensação de estar em ambiente fechado.
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Hortelã e os cítricos: acelera a atividade da mente.
Como aplicar
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Para ambientes maiores como as lojas, os especialistas recomendam o uso de aromatizadores elétricos, que teriam mais potência para preencher toda a área. O melhor são aqueles com capacidade para programar a quantidade de fragrância a ser pulverizada e o intervalo a ser aplicado.
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O mercado brasileiro conta com várias opções de equipamentos. Tirando os aparelhos portáteis que atendem a áreas com 30 a 60 metros quadrados e custam em torno de R$ 1,5 mil, os demais não são vendidos. Os aromatizadores são instalados por firmas especializadas em regime de comodato, ou seja, a loja paga uma taxa mensal pelo uso, com direito a manutenção e troca de refis. A mensalidade pode variar de R$ 70,00 a R$ 120,00, dependendo da área e da quantidade de refis.
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Para grandes áreas, acima de 90 metros quadrados, outra opção é fazer a pulverização do aroma usando o sistema de ar condicionado. Ou instalar equipamento com tubulação independente para fazer a aromatização.
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Para escolher o equipamento vai precisar saber a área cúbica da loja (multiplica a medida dos lados pela altura).
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Cheque se a difusão usa água para vaporizar e se a névoa gerada pode manchar piso e roupas (especialmente as coloridas). Ou se a difusão é a seco.