Nova loja de atacado na Região da 44 revende produtos de 80 marcas, sem que os compradores empurrem carrinho ou carreguem sacolas.
Para disputar participação na Região da 44, a República da Moda abriu loja de atacado em modelo diferente do habitual no comércio local. Investiu R$ 5 milhões para montar uma loja no Shopping Estação da Moda, um entre a centena de centros atacadistas que funcionam por ali. Com 1,6 mil metros quadrados, a loja revende produtos de 80 marcas, funcionando como um shopping dentro do shopping.
Todos os 10 mil modelos à venda estão identificados por QR Code, que mostra preço, tamanhos e cores. Desse modo, ao circular pela loja o comprador consegue ir colocando suas escolhas no carrinho virtual, sem ter que carregar as compras na mão. Para isso, o lojista baixa o app da República da Moda para o celular ou pede ajuda aos vendedores equipados com tablet. São produtos para adultos e crianças, incluindo roupas, calçados, acessórios e cosméticos.
Ampla, a loja com área de venda de mil metros quadrados foi organizada como um showroom, explica Peterson Demes, CEO da empresa. Os outros 600 metros quadrados são dedicados ao estoque para pronta entrega, conta. As roupas e calçados estão expostos nos diferentes tamanhos e agrupados de acordo com o lifestyle, independentemente da marca, explica o CEO. O layout foi planejado para facilitar a circulação dos compradores e acomodar uma passarela para desfile.
Ao finalizar a compra, o lojista faz o pagamento com os próprios vendedores se for usar cartão, ou no caixa convencional no caso de dinheiro. A partir desta liberação, o pedido é encaminhado ao estoque para separação. O comprador escolhe como quer receber: no hotel, no carro, no ônibus ou despacho pelos Correios. O faturamento é feito pelas marcas. A República da Moda recebe uma comissão por transação, observa Demes.
SEM GRADE FECHADA
Inaugurada em 8 de novembro, a loja recebeu 3 mil visitantes nos dois primeiros dias de operação, informa a empresa. Pelo modelo de negócio da loja, o cliente lojista não precisa comprar grade fechada. “Compra quantas peças quiser de cada modelo”, garante o CEO da República da Moda. A exigência é que sejam compradas no mínimo 12 peças ou mil reais. “É uma forma de atender pequenos lojistas ou compradores que escolhem já pensando em clientes específicos e não têm interesse em comprar a grade toda”, explica o executivo.
Outra facilidade da loja é a área de provadores. A compradora experimenta as peças e faz a selfie em cabines instagramáveis que simulam cenários para compor os looks. “Algumas revendedoras que passaram pela inauguração fizeram fotos e postaram em suas redes e na mesma hora receberam pedidos. Antes, a revendedora só conseguia postar as novidades quando chegava em casa. Mas agora já sente o desejo de suas clientes na hora de escolher seu estoque”, ressalta Fábio Potje, gerente da loja.
Segundo Demes, quase todas as marcas comercializadas pela República da Moda são de Goiás. E a maioria delas também tem lojas espalhadas pelos shopping atacadistas da região. Por isso, os preços são os mesmos. O diferencial é encontrar variedade de produtos e marcas no mesmo lugar, argumenta.
SOFTWARE PRÓPRIO
Para montar o ambiente tecnológico que dá suporte à loja, a República da Moda desenvolveu o próprio software, contando com uma equipe de cinco profissionais dedicados à tarefa. Fez isso porque não encontrou no mercado sistema que se adequasse ao modelo adotado, diz o CEO. Além da loja física, o estoque também atende o serviço de televendas da empresa e o ecommerce.
“A ideia de criar uma loja como a República surgiu para facilitar a vida de quem compra, vende e vive moda, que passa por uma intensa rotina de compras, na maior parte das vezes desconfortável”, conta Demes. Do lado dos confeccionistas que trabalham com a República, o sistema permite que eles acompanhem em tempo real o movimento do estoque e valores de vendas já realizadas, explica o executivo.