Levantamento do GBLjeans mostra ainda a balança comercial para têxtil, algodão e vestuário.

Depois da flutuação de julho, a exportação de denim volta a subir em agosto, indica o levantamento mensal realizado pelo GBLjeans com base no sistema de controle de comércio exterior do governo federal. As vendas externas sobem
40% na passagem de um mês para o outro e atingem US$6,2 milhões. Mas ainda abaixo do pico de US$9,9 milhões registrado em março passado.Sobre agosto de 2021, o valor aumentou 27%. O aumento teve impulso com as encomendas da Argentina, que mais que dobraram quando comparadas com o mesmo mês do ano passado.
Em agosto de 2022, a Argentina comprou US$1,7 milhão. Seguida por Colômbia (US$1,5 milhão), além de Paraguai e Peru, com US$800 mil em compras de denim nacional cada um.
Mesmo ainda irrisória a importação de denim atinge US$428 mil em agosto, o maior valor registrado pelo setor desde novembro de 2020.
Já no acumulado do ano até agosto, a exportação de denim volta a subir, crescendo 29% para US$51,7 milhões.
A Colômbia permanece como principal destino, para onde foram embarcados US$13,4 milhões. A Argentina é o segundo destino com US$12 milhões e em terceiro o Paraguai com US$4,3 milhões.
Em oito meses de 2022, o Brasil importou US$658 mil em denim, alta de 25% sobre igual período de 2021. Do total, US$317 mil vieram do Equador e US$235 mil da China. O restante está pulverizado.
ALGODÃO IMPULSIONA BALANÇA TÊXTIL
Após quatro meses em queda, a exportação têxtil brasileira volta a subir em agosto. Aumentou 54% sobre junho, movimentando US$217 milhões. Foi impulsionada pelas vendas de algodão, que corresponderam a US$124 milhões em agosto.
Os países compradores do algodão brasileiro, como China e Bangladesh, sustentaram as exportações têxteis brasileiras. A exceção é a Argentina que assumiu o segundo lugar ao comprar do Brasil US$22 milhões, sem ser algodão.
As vendas externas de vestuário contribuíram com US$16,6 milhões, crescimento de 19% sobre junho.
Agosto é o quarto mês consecutivo de aumento da importação têxtil em geral, registrando US$603 milhões. Do total, a China forneceu US$370 milhões.
A importação de vestuário corresponde a US$141 milhões, aumento de 17% sobre o mês anterior.
ACUMULADO EM 8 MESES
De janeiro a agosto, o Brasil viu a importação do setor têxtil em geral crescer 18% em comparação a 2021. Registrou US$3,8 bilhões em compras, sendo US$2,2 bilhões fornecidos pela China.
Em roupas, o Brasil comprou US$1,04 bilhão, expansão de 45% sobre os primeiros oito meses de 2021. O levantamento do GBLjeans mostra que US$584 milhões representam peças de vestuário fornecidas pela China.
Já a exportação têxtil como um todo, incluindo vestuário e algodão, registra novamente baixa em oito meses, com variação negativa de 0,24%, quando comparada a igual período de 2021. Anota US$2,7 bilhões acumulados em vendas em 2022 até julho.
Novamente, o desempenho foi afetado pelas vendas de algodão que caíram 7,25% no acumulado de oito meses, para US$1,89 bilhão.
O vestuário registrou embarques de US$120 milhões de janeiro a agosto de 2022, crescimento de 34% quando comparado ao mesmo período de 2021.
NAVEGUE PELO GRÁFICOS
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foto: by Canva