Importação toma impulso em junho

Alta do dólar não desanimou os negócios, que cresceram quase 14% em junho sobre o movimento do mês anterior de compras de roupas e outros itens têxteis

A importação brasileira de roupas e outros itens têxteis subiu em junho 13,76% sobre o movimento do mês anterior, atingindo US$ 446,5 milhões. Aparentemente, a alta do dólar não inibiu os negócios que cresceram também em relação a junho do ano passado, avanço de 8,63%), indicam os dados do sistema de controle da balança comercial do país administrado pelo ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ao contrário do que ocorreu em outros meses do semestre, a participação de roupas sobre o total importado caiu em junho.

Com compras avaliadas em US$ 118,39 milhões, o vestuário respondeu por cerca de 27% das importações do setor. No pico do semestre, em março, quando foram negociados US$ 566 milhões, essa participação correspondia praticamente a 41%. O que não muda é a China como o principal país fornecedor do Brasil no setor. Em junho o país comprou US$ 63 milhões em roupas chinesas. Do total importado no mês, US$ 216,82 milhões foram enviados pela China. Para efeito de comparação, o segundo maior fornecedor é a Índia que vendeu US$ 32,31 milhões ao Brasil em junho.

As exportações setoriais também cresceram no mês. Subiram 10,55% em relação a maio para somar US$ 101,73 milhões. Mas sobre junho de 2017, essas operações diminuíram 4,33%. A Argentina é o principal destino dos produtos brasileiros, respondendo por US$ 22,33 milhões no mês. Os embarques de roupas perderam a força em junho, correspondendo a US$ 9,38 milhões, queda de 7,36% sobre maio e recuo de 11% sobre junho de 2017. O Paraguai comprou US$ 2,39 milhões em roupas nacionais e o Uruguai outros US$ 1,9 milhão.

RESULTADOS DO SEMESTRE
De janeiro a junho, a balança comercial brasileira em vestuário e itens têxteis avançou em torno de 20% sobre os resultados do primeiro semestre de 2017. As importações no período totalizaram 2,93 bilhões, 19,61% acima do negociado nos primeiros seis meses do ano passado. Desse total, as roupas representaram US$ 1,01 bilhão, dos quais US$ 640 milhões vindos da China. Bangladesh foi o segundo maior fornecedor, porém, em patamar bem distante, provendo US$ 104,63 milhões. Das importações gerais, a China forneceu US$ 1,571 bilhão no primeiro semestre de 2018.

No período, as exportações cresceram 19,61% em relação ao igual semestre do ano passado, atingindo US$ 891,98 milhões, dos quais US$ 407,22 milhões representam vendas de algodão. O maior comprador é a Argentina consumindo US$ 118,96 milhões de itens têxteis e outros produtos brasileiros. A Indonésia aparece em seguida com US$ 98,37 milhões, basicamente
compras de algodão (US$ 97,26 milhões).