Indústria freia no último bimestre

Nível de atividade dos fabricantes do estado de São Paulo caiu em novembro e dezembro, apesar de terem trabalhado mais na produção.

As indústrias do estado de São Paulo da área de têxteis reduziram o nível de atividade, observados os principais indicadores de desempenho em novembro e dezembro, depois de terem acelerado em outubro. Em dezembro, todos os principais indicadores tiveram declínio, com exceção do número de horas trabalhadas em produção que aumentou, revela a pesquisa mensal conduzida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Da mesma forma aconteceu em novembro. Só que naquele mês o indicador positivo foi o de valor da massa salarial, pressionado pelo reajuste da categoria.
Ao longo de 2016, o indicador mais afetado foi de pessoal ocupado, que abriu o ano em 83,59 pontos (quanto mais próximo ou acima de cem, melhor o desempenho). Para, em dezembro, acumular cinco meses seguidos de redução do quadro de pessoal no estado.

Nos demais resultados, a performance alternou altos e baixos. O nível de capacidade instalada caiu no último bimestre, da mesma forma que recuou o total de vendas reais apurados pela indústria no final do ano. A massa salarial que abriu 2016 com 108,07 pontos, caiu para 97,18 pontos em dezembro, o pior resultado do ano, refletindo o volume de demissões.

O setor de artigos têxteis acompanhou o comportamento da indústria paulista em geral, que pelo terceiro ano consecutivo registrou queda do ritmo de produção. De acordo com a Fiesp, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu 8,9% em 2016. “Mesmo que o cenário não faça prever um 2017 glorioso, nossa projeção ao final de janeiro é que 2017 possa trazer crescimento de 1,2% para a indústria de transformação”, estima Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).