Com dados do IBGE, o GBLjeans mostra ainda o desempenho no semestre em atividade e preços industriais.
A produção de vestuário brasileira surpreende em junho com volume que cresce 7,10% em relação a maio. É a maior alta desde maio do ano passado (6,70%). E o segundo aumento registrado no semestre, conforme mostra a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A reação não foi suficiente para influenciar o desempenho da produção de vestuário no primeiro semestre do ano, que não cresce em relação ao primeiro semestre de 2021. Nesse confronto, a atividade acumula baixa de 9,30% de janeiro a junho.
Em 12 meses até junho de 2022, a produção de vestuário encolhe 6,80%, de acordo com a pesquisa do IBGE.
QUEDA NA PRODUÇÃO TÊXTIL
Em junho, depois de dois meses em alta, a produção da indústria têxtil cai 1,20% quando comparada a maio.
Com isso, o setor acumula redução de 15,30% no primeiro semestre de 2022 sobre igual período do ano passado.
Nos últimos 12 meses até junho, a queda vai a 13,10%.
INDÚSTRIA GERAL
A baixa de 0,40% em junho interrompe uma sequência de quatro meses em crescimento da indústria brasileira como um todo.
No semestre, o país produziu 2,20% a menos que nos primeiros seis meses de 2021.
A atividade industrial em 12 meses caiu 2,80%.
IPP VESTUÁRIO RECUA NO MÊS
Apenas em janeiro, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) calculado pelo IBGE registrou variação negativa no custo do vestuário para o atacado. Nos outros quatro meses, os preços industriais subiram. Mas em junho, recuaram quase 1% (-0,97%).
Ainda assim, os preços de fábrica de vestuário produzido no Brasil ficaram no primeiro semestre 9,09% acima de igual período de 2021.
Em 12 meses até junho, acumula aumento de 15,97%, mostra a pesquisa do IBGE.
PREÇOS INDUSTRIAIS NA TÊXTIL
Ao contrário de vestuário, a indústria têxtil não dá sinais de trégua à vista e os preços de fábrica avançaram 1,53% em junho em relação a maio.
Dessa forma, o acumulado do primeiro semestre subiu para 7,25%.
Nos últimos 12 meses, a atividade acumula alta de 18,98%.
IPP GERAL
Os repasses da indústria brasileira como um todo desaceleram um pouco em junho, com aumento de 1%, contra 1,81% em maio.
Fecha, assim, o primeiro semestre com alta de 10,12% sobre 2021. Já nos últimos 12 meses, o índice sobe para 18,78%.
CONSULTE OS GRÁFICOS
Com dados fornecidos pelo IBGE, o GBLjeans elabora gráficos para permitir a comparação mais rápida da variação de produção e preços da indústria. Dá para acompanhar o desempenho no mês, no acumulado do ano e em 12 meses.
Mensalmente o IBGE revisa os dados com base em ajustes sazonais. Por isso, pode haver mudanças nos gráficos de um mês para o outro.
Use as setas para consultar os gráficos.