Depois de meses em desaceleração, preços industriais dos dois setores tem alta mais forte.
Diferentemente do início de 2023, o IPP têxtil e de vestuário sobe em fevereiro em ambos os setores. E nisso acompanharam o movimento da indústria como um todo que apresentou alta no Índice de Preços ao Produtor de fevereiro, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentando variação positiva de 0,06% em relação a janeiro.
O IPP de vestuário sobe 0,80% em fevereiro, eliminando até aqui os sinais de que vinha moderando os aumentos de preços industriais. Contudo, entre janeiro e fevereiro, as confecções de vestuário apresentam alta de 0,86% sobre os acumulados desses mesmos 2 meses em 2023. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro de 2024, o IPP de vestuário avança 2,60%, em clara redução sobre os 6,72% que registrou até janeiro de 2024.
Tradicionalmente, o preço de porta de fábrica da indústria do vestuário fica pressionado nos dois primeiros meses do ano. Reflete a compra das mercadorias para a troca de coleções no varejo para o outono, com produtos geralmente mais caros que os de verão.
De sua parte, o IPP têxtil sobe depois de 4 meses com preços industriais em baixa, mostra a pesquisa do IBGE. O IPP aumenta 0,20% em fevereiro. Porém, ainda assim, o acumulado de 2 meses permanece no campo negativo, com queda de 0,19%. Nos últimos 12 meses até fevereiro de 2024, o IPP têxtil acumula redução de 5,87%.
O IPP geral, da indústria como um todo, também registra baixa de 0,18% nos primeiros dois meses de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Em 12 meses até fevereiro de 2024, o recuo é de 5,16%, mostra a pesquisa. Ainda conforme o IBGE, 14 das 24 atividades industriais analisadas apresentaram redução nos preços de porta de fábrica.
CONSULTE OS GRÁFICOS
Com base nos dados do IBGE, o GBLjeans elabora gráficos que permitem a comparação dos preços das indústrias têxteis e de vestuário com os da indústria de uma forma geral. Dá para acompanhar o desempenho no mês de janeiro e no acumulado do ano e de 12 meses.
Mensalmente o IBGE revisa os dados com base em ajustes sazonais. Por isso, pode haver mudanças nos gráficos de um mês para o outro.
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