Versace e Valentino são vendidas

Versace e Valentino são vendidas

A holding Tapestry comprou a Capri, dona da Versace, e a Kering adquire participação na Valentino.

Versace e Valentino são vendidas

Em um acordo bilionário, o grupo americano Tapestry anuncia a compra Capri Holdings, controladora das marcas de luxo Versace, Michael Kors e Jimmy Choo. A transação está estimada em US$8,5 bilhões. O negócio deverá estar concluído em 2024. Com essa operação, a Tapestry passará deter seis marcas, juntando com as já controladas Coach, Kate Spade New York e Stuart Weitzman.

É a segunda vez em cinco anos que a Versace é vendida. A casa de moda italiana foi fundada em 1978 por Gianni Versace, que morreu em 1997. Em 2018, a holding de Michael Kors comprou a italiana, passando a operar como Capri Holdings. Por ocasião do anúncio da compra de 100% das ações, o grupo afirmou que trabalhava para formar uma carteira de luxo capaz de rivalizar com os gigantes da moda Kering e LVMH. Mesma ambição destacada agora pela americana Tapestry acerca da aquisição.

Antes disso, em 2017, a então Michael Kors Holding comprara a Kate Spade e a Jimmy Choo.

PARTICIPAÇÃO NA VALENTINO

Dona da Valentino, a Mayhoola, controlada por um fundo do Catar, cedeu 30% do capital da Valentino para o grupo francês Kering pelo equivalente a US$1,8 bilhão. O contrato inclui a opção da aquisição de 100% das ações da Valentino pela Kering até 2028. Conforme o comunicado da venda, a transação transação faz parte de uma estratégia “que pode levar a Mayhoola a se tornar acionista da Kering”.

Fundada em Roma em 1960 por Valentino Garavani, a Valentino opera hoje com 211 lojas em 25 países. Registrou receita de €1,4 bilhão em 2022.

Os outros 70% da Valentino continuarão sob o controle do fundo do Catar. A meta é concluir o negócio até o final de 2023.

Do grupo Kering pertencem 10 marcas de luxo: Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen, Brioni, Boucheron, Pomellato, DoDo e Qeelin.

foto: divulgação Versace