Abravest incentiva renovação de maquinário

Entidade anuncia projeto em parceria com a Andrade Máquinas, que financia novos equipamentos e reaproveita os que estão sendo substituídos

Em parceria com a Andrade Máquinas, a Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) lançou o Projeto de Modernização de Maquinários para o Setor Confeccionista que prevê facilitar a aquisição de máquinas novas e a doação das que estão sendo substituídas, em troca de créditos para a realização de cursos oferecidos pela própria entidade. As compras podem ser feitas via linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em condições especiais para o setor. O projeto prevê, ainda, a reutilização dos equipamentos trocados que serão entregues a entidades, cooperativas e programas de ação social.

O projeto é uma medida de incentivo à modernização das confecções por meio da substituição de máquinas antigas ou de uso intenso por modelos mais novos. A empresa que planeja comprar os equipamentos como máquinas de corte, bordadeiras e caseadeiras, da Andrade Máquinas, pode solicitar o financiamento do Programa de Qualidade, feito através do BNDES, que oferece 36 meses para quitar a dívida e juros de 0,97% ao mês. Para usufruir do serviço, a empresa deve doar a máquina usada, que será substituída, para entidades indicadas pelo Fundo Social de Solidariedade dos governos estaduais ou federal.

Em troca, a Abravest aprova um crédito equivalente a 30% do valor do equipamento financiado para o abatimento do valor de cursos realizados pela entidade, que abordam novas tecnologias de produção e métodos de utilização do maquinário. Para participar, não é necessário que a empresa seja associada da Abravest. Porém, os associados – que, hoje, somam cerca de 2 mil empresas – recebem um crédito maior – equivalente a 60% do valor da nova máquina – para usar no pagamento dos cursos.

“Normalmente, as máquinas velhas eram jogadas num canto, ficavam largadas, só enferrujando. Agora, elas podem ser reutilizadas em cooperativas, quando são doadas”, enfatiza Roberto Chadad, presidente da Abravest. Ele também conta que, há dois anos, a entidade arrecadou 36 máquinas usadas para uma doação destinada à escola de samba Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro, onde ainda são utilizadas para a confecção das roupas carnavalescas.

fotos: divulgação